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Um novo caso de estupro grupal chocou a Índia e expôs uma epidemia de violência sexual — a cada 18 minutos, uma mulher sofre abuso no país. Uma garota de 16 anos, moradora do distrito de Beed, no estado de Maharashtra (centro-oeste), alega ter sido violentada por 400 homens durante seis meses. Até o fechamento desta edição, sete suspeitos tinham sido presos, incluindo o pai e o marido da vítima.
Entre os agressores, estão dois policiais que a estupraram enquanto ela prestava depoimento. A jovem enfrenta uma gestação de dois meses, fruto da violência sexual. Segundo a imprensa indiana, a vítima será submetida a um aborto.
A história de vida da jovem é repleta de tragédias. Depois de perder a mãe em 2019, a garota foi forçada pelo pai a se casar aos 13 anos com um homem de 33. O marido foi o segundo abusador dela, depois do próprio pai. Após fugir, teve que mendigar pelas ruas, onde foi estuprada em várias ocasiões. Segundo ela, a polícia foi omissa em todas as vezes que procurou a delegacia.
A adolescente formalizou a queixa pela segunda vez na última sexta-feira. De acordo com Abhay Vitthalrao Vanave, presidente do Comitê de Bem-Estar Infantil da Índia (CWC), ela pedia esmolas em uma parada de ônibus quando foi forçada por três homens a trabalhar com sexo.
Vanave explicou que, apesar de ser difícil de corroborar o número de estupradores, a garota conseguiu identificar 25 homens. Fundadora da ONG Pari (Pessoas contra Estupros na Índia), Yogita Bhayana usou o Twitter para desabafar e cobrar justiça. "400 homens estupraram uma menina casada em Beed, durante seis meses! Quando a vítima tentou registrar queixa, também teria sido abusada sexualmente pelo policial!", escreveu. "Nenhuma indignação? Nenhum protesto? (...) Que tal a mídia? Por que vocês estão mudos">criminosos foram condenados à morte e enforcados na prisão, em 20 de março do ano ado.