Anna Marina
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ANNA MARINA

A tolice de tratar bonecos como se fossem crianças

Já imaginaram o bem que faria a dezenas de crianças sem família se as compradoras de bebês reborn se voltassem para elas?

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Parece que o mundo está precisando de causas ou assuntos importantes para atrair a atenção. De outra forma, não vingariam tolices como “bebês reborn”, que são a nova mania de tratar bonecos que copiam crianças de carne e osso como se fossem verdadeiros.

Espero que essa moda não dure muito tempo. Ninguém aguenta mais o assunto, que explode em todas as vias de comunicação. Mães sem o que fazer, frustradas, infelizes, ou simplesmente patetas, am o tempo cuidando, vivendo ou criando bonecos de silicone como se fossem crianças normais. Algumas são tão inconsistentes que levam seus “filhos” a postos de saúde do governo para que sejam tratados.

O negócio alcançou tal dimensão que chegou à Câmara de Deputados, que está criando leis que multem mulheres que levam bonecos a buscar atendimento do SUS. Quem tem a cabeça no lugar fica imaginando como essas mulheres que aparentemente não conseguem ter um relacionamento normal embarcam nessa doidice. 

Se a necessidade de ter uma ocupação materna é tão grande, por que não adotar crianças? Só quem vive fora da realidade deste país é que desconhece o grande número de mulheres que procuram maternidade pública para colocar seus filhos no mundo, entregando-os às dezenas a casais que buscam adotar uma criança, por motivos variados. 

Mas o assunto, que explode em todos os meios de comunicação, chega às fronteiras da sanidade mental e é a base de críticas ou comentários positivos. O certo é que, como o assunto se espalha, há casos de espertos que querem aproveitar a onda para tirar algum proveito.

Como o de um dentista que, aproveitando o absurdo do comportamento dessas mães de boneco, quer oferecer seus serviços para essas “crianças”. Quem sabe elas não se lembrem de que boneco não tem dente e acabam por levá-lo a um profissional da área? Se muitas levam seu boneco para tomar vacina, por que não vão levá-lo ao dentista? 

Esse tipo de mulher que se apega a um boneco como se fosse criança normal seguramente deve ter algum problema de relacionamento com gente normal, preferindo a imitação pela verdade. Criança de carne e osso faz xixi na fralda, deve ser alimentada no seio ou em mamadeiras, chora, deve ser minada até dormir, pedindo cuidados constantes . Boneco de silicone não pede nada disso – mas certamente preenche braços vazios, pela falta de carinho humano. 


Não tenho nenhum exemplo conhecido dessas mães, faço minha avaliação pelo que tenho ouvido por aí e lido com frequência em jornais e revistas. Mas conheço e tenho contato com muitos casais sem filhos que partiram para a adoção de crianças sem família e que os fazem felizes, e são pais verdadeiros. 

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Já imaginaram o bem que faria a dezenas de crianças sem família, largadas pelos pais reais, se as compradoras de bebês reborn se voltassem para elas? Começaria até nas finanças a diferença. Adoção não custa nada. Bebê reborn pode chegar a custar uma nota.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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