
Muito perto de uma grande conquista...
O Minas faz campanha espetacular, com 38 vitórias e apenas cinco derrotas
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O que acontece quando se juntam dois norte-americanos, dois argentinos, um uruguaio, um dominicano e 10 brasileiros? No caso do basquete do Minas Tênis Clube, pode-se dizer que é a fórmula certa para o sucesso, que faz o clube sonhar com seu primeiro título no Novo Basquete Brasil (NBB).
Já classificado para a final da competição, o time mineiro espera pelo adversário, que sairá do confronto entre Franca e Flamengo, que já teve quatro jogos disputados. O placar aponta 2 a 2 e o quinto jogo está marcado para hoje, às 20h, no Tijuca Tênis Clube, no Rio.
O Minas faz uma campanha espetacular. Até aqui foram 43 jogos, com 38 vitórias e apenas cinco derrotas. O time mineiro terminou a fase de classificação em primeiro lugar, algo que nunca tinha acontecido, somando 29 vitórias e quando sofreu as cinco derrotas.
Daí em diante, só triunfos. Nas oitavas de final, fechou a melhor de cinco com 3 a 0 sobre o Mogi-SP. Nas quartas, ou pelo Vasco, novamente com 3 a 0. E esse foi também o placar das semifinais, contra o Bauru-SP.
Qual o segredo para uma campanha tão espetacular? O time não tem, por exemplo, nenhum líder de fundamento. O maior pontuador do Minas é o ala/armador argentino Arengo, que tem média de 11,43 pontos por jogo, aparecendo na 42ª posição.
Nas assistências, o armador norte-americano Scott Machado tem média de 3,77 por jogo, aparecendo na 18ª colocação. Já o argentino Baralle, que tem 3,53 de média, aparece na 21ª colocação.
Nos rebotes, o único jogador que aparece entre os Top Ten é o ala Montero, que é o nono colocado, com média de 6,81, sendo 1,24 em rebotes ofensivos e 5,57 em defensivos.
A empolgação da torcida é grande, tanto, que a arena da rua da Bahia está lotada em todas as partidas. E a expectativa é que na decisão contra Franca ou Flamengo, seja batido o recorde de público na temporada.
Um triunfo na final terá ainda mais relevância pelo fato de que o basquete mineiro, embora tenha revelado grandes jogadores, como Gérsão, Luiz Gustavo, Raulzinho, Cristiano Felício, Gui Santos – os três últimos chegaram à NBA –, além de Moyses Blas, que foi medalhista olímpico de bronze, nos Jogos Olímpicos de Roma’1960, tem poucos títulos.
O Minas não tem ainda um título brasileiro. A única conquista de uma equipe mineira foi em 2004, com o Uberlândia.
O Minas tem um título sul-americano, conquistado em 2007, ano em que sagrou-se campeão, também, do Torneio Internacional de Amsterdã, e um da Copa Super 8, na temporada 2020/2021.
A Seleção Mineira tem apenas dois títulos de campeão, em 1947 e 1990. Por três vezes ficou com o vice-campeonato, em 1930, 1937 e 1944.
O Minas tem quatro terceiros lugares na maior competição nacional, em 2008/2009, 2020/2021, 2021/2022 e 2023/2024. E são dois quartos lugares, nas temporadas 2009/2010 e 2023/2024.
O basquete mineiro vive um momento peculiar, já que depois de anos com apenas uma equipe a representá-lo, o Minas, agora surge uma segunda força, o Cruzeiro, que foi campeão do Campeonato Brasileiro de 2023, que é a Segunda Divisão da modalidade no país, embora não seja uma competição de o. Também esteve novamente na final do ano ado, ficando com o vice-campeonato.
Uma conquista do Minas, neste momento, seria muito importante para alavancar novamente o basquete mineiro, que poderia ter a volta, por exemplo, do Ginástico. Mas depende de o clube conseguir apoio, um patrocinador, assim como acontece com Minas e Cruzeiro.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.