Jaeci Carvalho
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Jogadores e técnicos de futebol 'caem para cima'

Depois de tudo o que aconteceu, acho irresponsabilidade de qualquer dirigente e de qualquer clube contratar Dudu

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O futebol brasileiro não tem mais jeito. Está na lama, no fundo do poço, e os torcedores também são culpados por isso. Idolatram os jogadores, como se fossem eles “deuses”, um bando de atletas bem comuns, ganhando fortunas jamais imaginadas. Lotam estádios para verem jogos medíocres, com raríssimas exceções, colegas de profissão se provocando via rede social ou mesmo nos gramados, arbitragens abaixo de qualquer crítica e dirigentes pondo a sujeira para debaixo do tapete, como por exemplo o presidente do Corinthians, Augusto Melo, envolvido em denúncias e mais denúncias e o clube com uma dívida de R$ 2,5 bilhões, pagando R$ 3 milhões, mais bônus, ao holandês Depay. Tudo sob o aplauso de um “bando de loucos”, que não têm a menor responsabilidade com pagamentos ou deveres. Técnicos demitidos, indo para outros clubes, ganhando até mais, sem evolução tática, sem modernização, com uma empáfia tremenda.

O caso Dudu, que se rebelou contra o técnico Leonardo Jardim, diretoria e até mesmo seus companheiros, é um grande exemplo de que o futebol não vale mais a pena. Desligado do clube, sem antes receber uma multa milionária, seja qual for o valor, é dado como certo no Atlético, como se o alvinegro estivesse fazendo um grande negócio. Dudu ficou dois anos sem jogar. Um ano pela contusão grave no joelho e outro por opção de Abel Ferreira, que não via mais nele potencial para ser titular do Palmeiras. No meio do ano ado, flertou com o Cruzeiro, deu sua palavra de que iria para o clube que o revelou, mas não honrou a palavra e roeu a corda. Saiu do Palmeiras pela porta dos fundos, xingando a presidente Leila, que o acionou na Justiça. Foi “perdoado” no Cruzeiro, pela falta de palavra, e contratado por um salário gigantesco e uma multa rescisória irreal, com três anos de contrato. Não se dá três anos de contrato a um jogador de 33 anos que não atuava há dois anos, mas foi assim.

Sem conseguir entregar aquilo que o treinador português, que não tem compromisso em por de titular ninguém que joga com o nome, se rebelou, publicamente, irritou até mesmo seus companheiros e foi mandado embora do Cruzeiro, pois a diretoria estava farta de sua falta de comprometimento e responsabilidade, além da insubordinação. Claro que houve o pagamento de uma multa, seja ela qual for, gigantesca. Prejuízo certo.

Depois de tudo o que aconteceu, acho irresponsabilidade de qualquer dirigente e de qualquer clube contratar Dudu. Se ele não deu certo no Palmeiras e no Cruzeiro, daria certo em outro clube? Tentaram especular o jogador no Flamengo, mas lá tem dirigente sério, que conhece futebol, e José Boto, o executivo do Fla, também europeu, descartou qualquer possibilidade. Não ouvi ninguém do Atlético dizer que quer Dudu, mas se realmente atenderem a um pedido de Cuca será mais um grande erro. Primeiro porque se o contratarem estarão dizendo que ele será titular, pois se ele não aceitou a reserva no Cruzeiro, por quê aceitaria no Galo? O Atlético, Grêmio e Botafogo, clubes especulados, teriam que um contrato no qual alguma cláusula o coloque como titular. É uma vergonha, só por provocação ou inocência, um clube contratar um jogador de 33 anos que está na descendente e não consegue mais entregar o que dele se espera. Confesso que já fui fã do futebol de Dudu, e que imaginava que ele pudesse dar a volta por cima, porém, a grave contusão, os dois anos parados e a falta de explosão e velocidade confirmam o contrário. Dudu nunca mais será aquele grande jogador e campeão.

Os clubes brasileiros só olham para seus umbigos, e os torcedores, esses “modinhas de hoje em dia”, querem viver de provocações aos rivais. Vi gente dizendo que no Galo “Dudu vai ganhar R$ 900 mil”, como se fosse um salário irrisório, caso ele seja mesmo contratado. E quando Cuca for demitido ou pedir para sair, Dudu será mais um jogador a inflacionar a folha salarial do clube. Não seria melhor essas equipes apostarem nos jovens, da base, e, vale lembrar que o Atlético, recentemente, contratou Júnior Santos, de 30 anos, por uma fortuna, que joga pela direita, e que também vive atormentado por contusões, sem conseguir entregar aquilo que entregou no Botafogo em 2023, já que ano ado, ficou muito tempo parado, por contusões. Aliás, ele que zombou do Atlético, após ganhar a Libertadores em cima do alvinegro, e agora veste a mesma camisa. Sim, senhoras e senhores, hoje os jogadores zombam, fazem meme na internet, desafiam dirigentes, colegas de profissão e a imprensa. E para fechar eu pergunto a Dudu: Você vai jogar em gramado sintético, que você condenou quando estava no Cruzeiro? É sabido que você já apagou o post, mas está registrado. Peixe morre pela boca! Que Dudu seja feliz para onde quer que vá, mas que sirva de exemplo para os clubes e torcedores: não existe mais amor à camisa, aos clubes, aos torcedores. O único amor que os jogadores de hoje em dia conhecem é o amor ao dinheiro, o resto, como diz meu amigo, Chico Maia, “é perfumaria”.

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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