
Yuri Alberto é o cara
Se Seleção é momento, o jogador do Corinthians deveria fazer parte de qualquer lista de selecionáveis. Ele estar fora é um crime contra o futebol
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É difícil entender os treinadores da Seleção Brasileira. Dessa vez nem vou culpar o italiano Carlo Ancelotti, pois ele só assumirá em breve, com coletiva na segunda-feira, portanto, a lista dos 50 nomes, dos quais 23 serão escolhidos para os jogos contra Equador e Paraguai, foi elaborada por Rodrigo Caetano e Juan, mas é inissível pensar em qualquer lista na qual não apareça o nome do atacante corintiano Yuri Alberto.
O cara faz gol em todo jogo, se movimenta o tempo todo, dá opção aos companheiros, joga limpo, tem um baita potencial, e a gente fica sabendo que Richarlison, que não vive um bom momento, faz parte da lista. Espero que quando assumir, de verdade, Ancelotti reveja tais posições e convoque realmente os melhores. Lista para agradar amigos e “empresários”, o torcedor não a mais. Falar em Alisson, Danilo, Marquinhos, Casemiro, Richarlison e outros jogadores que não vivem bom momento é uma afronta ao nosso futebol e um desrespeito com quem está jogando mais. Se Seleção é momento, nada mais justo que os melhores sejam convocados. Minha Seleção Brasileira, hoje, começa com Yuri Alberto e mais 22.
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Shaud e Zveiter
Vejo um Norte para o futebol brasileiro com a decisão do presidente da CBF, que será eleito, amanhã, ao decidir que ele cuidará única e exclusivamente da Seleção Brasileira, e um dos seus vices, o doutor Flávio Zveiter, jurista renomado e craque, cuidará das competições e dos clubes brasileiros. Essa descentralização será fundamental para começarmos a recuperar nossa imagem e nosso futebol, até que os clubes percebam sua força, criem a Liga e dirijam seus próprios destinos. Tenho visto muita gente procurando “pelo em ovo”, criticando a nova gestão, que ainda nem tomou posse. Eu prefiro acreditar na juventude, em novos caminhos e na possibilidade de um presidente da CBF terminar seu mandato com transparência, qualidade e decência. Ao contrário de muitos, vou torcer para dar certo.
Dívidas impagáveis
Os clubes brasileiros estão na “bancarrota”, sem perspectiva de sair da crise financeira. O Corinthians, que não é SAF, deve R$ 2,5 bilhões, uma dívida impagável, que só vai aumentar, pela irresponsabilidade de quem dirige o clube. E não tenham dúvida de que o próximo presidente vai herdar esse “abacaxi” e continuar tocando o clube de forma irresponsável. O futebol brasileiro está na lama por isso. Ou a CBF cria o fair play financeiro, punindo clubes caloteiros, que não honram pagamentos de contratações e salários, ou estaremos falidos em pouco tempo. Não dá mais para o futebol brasileiro, com mania de grandeza, pagar salários de R$ 500 mil, R$ 700 mil, R$ 2 milhões a um jogador ou treinador.
Vamos encarar nossa realidade financeira, de país quebrado, de terceiro mundo, onde um trabalhador ganha míseros R$ 1.518,00 de salário-mínimo. Ou os clubes põe o pé no freio e voltam à realidade ou em breve estaremos todos quebrados. A conta não fecha. Imaginei que com as SAFs seria diferente, mas, pelo visto, em algumas delas, a coisa continua mal, caso do Atlético, que tem dívidas na casa do R$ 1,8 bilhão, e também deve prêmios, atrasa salários e não paga as contratações que faz. Na Europa, esses clubes seriam rebaixados. No Brasil, tudo pode!
Retrocesso
Enquanto na Europa, onde neva, faz frio e as condições climáticas são desfavoráveis, os gramados são naturais e muito bem cuidados, no Brasil criaram a mania de gramado sintético, que, segundo os atletas, causa lesões graves, principalmente nos joelhos, com vários casos de cirurgias ligamentares. Botafogo, Palmeiras, Athletico e Atlético estão na contramão da história ao adotarem esse tipo de gramado. Não seria melhor cuidar de um gramado natural e deixá-lo impecável o ano todo?
Gastar R$ 20 milhões para implantar gramado sintético é um absurdo. Vários jogadores, que ainda atuam, criticaram o gramado artificial, mas vão ter que entubá-lo, caso de Dudu, no Atlético, que disse que “sua lesão no Palmeiras se deu por causa do gramado sintético”. Deveríamos copiar o que há de melhor no futebol mundial. Garanto que a Fifa, em qualquer competição que promova no Brasil, não irá relacionar estádios com gramados sintéticos.
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