
Minas lidera reservas particulares de conservação do meio ambiente
No ano que se completa 35 anos do surgimento das reservas particulares de conservação ambiental, BH vai receber, no fim de julho, o Congresso Brasileiro de RPPN
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Com 339 unidades de conservação ambiental e uma área coberta de aproximadamente 152 mil hectares de Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado protegidos por pessoas, famílias, empresas e organizações da sociedade civil, Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). E no ano que se completa 35 anos do surgimento das reservas particulares de conservação ambiental, Belo Horizonte vai receber, no fim de julho, a sétima edição do Congresso Brasileiro de RPPNs, que vai debater o impacto das mudanças climáticas e a perda de biodiversidade. “Nosso objetivo é fortalecer a rede de pessoas e iniciativas que atuam em prol da conservação através das RPPS. Este Congresso é uma oportunidade única para compartilhar experiências, promover parcerias e ampliar o alcance das ações de preservação em um momento crítico para o nosso planeta”, afirma Jorge Velloso, superintendente da Fundação Biodiversitas, uma das organizadoras do evento. Com a presença de especialistas, especialista e ativistas o fórum vai impulsionar o debate sobre a importância das RPPNs na conservação ambiental e da biodiversidade no contexto da COP30, que acontecerá em novembro na cidade Belém, no Pará. No total, o Brasil conta com 1.899 RPPNs, e Minas é o terceiro lugar com 152 mil hectares de terras sob proteção por essa categoria de unidade de conservação, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
R$ 4,37 bilhões
Foi o valor de créditos aprovados pelo BNDES para Minas Gerais no primeiro trimestre deste ano. O montante é 49,2% maior do que no mesmo período de 2024
Navegando
Com recursos previstos na lei que capitalizou a Eletrobras, o lendário Vapor Benjamim Guimarães foi reformado com investimentos de R$ 5,6 milhões e vai voltar a navegar nas águas do Rio São Francisco, em Pirapora, no Norte de Minas. “Essa será uma entrega muito simbólica para a Eletrobras. Trata-se da concretização do primeiro projeto viabilizado pelos recursos previstos na lei que capitalizou a empresa e que começam a gerar resultados concretos para o desenvolvimento sustentável das regiões. A restauração do vapor representa a preservação de um bem histórico, mas também o fortalecimento da economia local, por meio da valorização do turismo e da cultura do rio da integração nacional”, destaca o diretor de Implantação de Fundos Regionais da Eletrobras, Domingos Andretta.

Poda de árvores
Com a previsão de realizar mais de 835 mil podas de árvores e fazer a limpeza em mais de 50 mil quilômetros de linhas de distribuição de energia elétrica em 774 municípios da sua área de concessão, a Cemig vai investir R$ 360 milhões em manutenção preventiva neste ano. O valor é 15% maior do que o registrado no ano ado. Apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte vão ser feitas 300 mil podas de árvores e a limpeza de 7 mil quilômetros de redes de distribuição. Na Região Metropolitana, os investimentos este ano são 27% superiores ao valor do ano ado e somam R$ 74 milhões, ou 20,5% do total investido pela empresa em manutenção preventiva este ano.Para atender os mais de 9,4 milhões de clientes em Minas Gerais, a Cemig possui mais de 540 mil quilômetros de linhas de distribuição em sua área de concessão.
Logística
Minas Gerais se consolidou como segundo mercado de condomínios industriais e logísticos do Brasil. No primeiro trimestre deste ano, Minas Gerais cresceu 54 mil metros quadrados, principalmente nas regiões de Belo Horizonte, Vespasiano e Juiz de Fora. No período, o estado só perde para Pernambuco, que adicionou 495 mil metros quadrados, com destaque para Jaboatão dos Guararapes. Segundo a Newmark, responsável pelo levantamento, Minas Gerais teve a maior absorção líquida do trimestre, com a demanda sendo puxada pelos setores de logística, distribuição e transporte, especialmente nas cidades de Extrema, Ribeirão das Neves e Belo Horizonte. “Há espaço para consolidação dos demais estados do país como pólos estratégicos no segmento de condomínios de galpões no país, tanto pelo crescimento do e-commerce quanto por melhorias na infraestrutura”, destaca Mariana Hanania, head de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark.
Valorização
Pólo de moda de Belo Horizonte, o Barro Preto se tornou um dos três bairros mais caros para aluguel na capital, com o preço médio chegando a R$ 63,90 por metro quadrado no mês ado. Com isso, o bairro fica atrás apenas da Savassi e de Lourdes, cujo valor médio do metro quadrado ficou, respectivamente, em R$ 68,50 e R$ 66,50. “O aumento no preço observado no índice se dá principalmente por conta de imóveis de um dormitório. Na região, conversando com alguns corretores, tem acontecido um fenômeno interessante, de apartamentos pequenos que estão sendo reformados e colocados para alugar por um preço superior ao anterior”, diz Pedro Capetti, especialista em dados do Grupo QuintoAndar. De acordo com o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelwebr, Belo Horizonte registrou, pelo 29º mês consecutivo, aumento no preço médio do aluguel. Em abril, a alta em relação a março foi de 1,07%, com preço médio de R$ 41,52 por metro quadrado.

Expansão
Até o final do segundo trimestre deste ano, a Samarco deve finalizar os estudos de engenharia para a retomada total da sua capacidade de produção em 2028, etapa conhecida como “Momento 3”. Segundo a Samarco, o projeto de retomada da capacidade total pode atingir aproximadamente R$ 13 bilhões em investimentos, podendo variar com a evolução dos estudos de engenharia, escopo e preço. A previsão é de que o montante de investimentos seja aprovado no deste ano. A retomada da capacidade total contempla a reativação da Usina de Beneficiamento 1 e a instalação do Sistema de Filtragem 3 no Complexo de Germano, em Mariana, e a reativação das Usinas de
Pelotização 1 e 2 em Ubu, no Espírito Santo.

“Estamos diante de uma escolha histórica: proteger nossa matriz energética limpa ou ceder ao lobby de fontes poluentes e caras. Retroceder seria um erro estratégico. O Congresso não pode sujar a energia do país”
Flávio Roscoe
presidente da Fiemg, sobre votação dos vetos do projeto das eólicas offshore no Congresso.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.