
À Variety, Fernanda Torres afirma que EUA patrocinaram ditadura no Brasil
Durante a entrevista, a artista reforçou a mensagem social por trás do filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles
compartilhe
Siga noSÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Fernanda Torres, 59, destacou o teor político do filme "Ainda Estou Aqui", durante uma entrevista à revista Variety, considerada uma das publicações mais relevantes dos EUA.
Seguindo com a divulgação do filme, a atriz brasileira participou do podcast da revista Variety. Após ganhar alguns prêmios como o Globo de Ouro, Fernanda Torres ainda concorre na categoria de melhor atriz no Oscar 2025.
-
14/02/2025 - 17:56 Veja a cena escolhida pelo Oscar para divulgar indicação de Fernanda Torres -
14/02/2025 - 17:23 Canal Curta! faz homenagem a Cacá Diegues neste fim de semana -
14/02/2025 - 17:03 Backstreet Boys anunciam nova versão do disco 'Millennium'
Durante a entrevista, a artista reforçou a mensagem social por trás do filme de Walter Salles. Mesmo que o público estrangeiro enxergue apenas um drama histórico, ela fez questão de destacar, que para os brasileiros, o longa-metragem toca em feridas que ainda estão abertas.
- Fernanda Torres rouba cena em festival, com premiação ao lado de Ariana Grande
- 'Ainda Estou Aqui' chega a 4 milhões de espectadores
- Veja longas latino-americanos que levaram Oscar de Filme Internacional
"Diferentes gerações foram ver este filme e ficaram tocadas. Este filme é muito especial para o Brasil. A ditadura no país não foi algo que aconteceu isoladamente, foi parte da Guerra Fria. Os Estados Unidos patrocinaram a ditadura no Brasil", disse a atriz.
Fernanda ainda apontou que o ado retratado no filme é um reflexo do momento atual brasileiro. "Foi uma época distópica, mas esta não é apenas uma história sobre o ado. Novamente estamos cheios de medo, divididos e com raiva. O populismo e a ideia de que um estado violento pode colocar ordem na bagunça moderna? É tentador, mas precisamos resistir".
Diante de uma campanha fervorosa por "Ainda Estou Aqui" nas redes sociais, a atriz explicou a paixão dos brasileiros pelos seus. "Nós consumimos nossa própria cultura e temos muito orgulho dela, mas quando alguém faz o milagre de cruzar a fronteira e é reconhecido no mundo, o Brasil enlouquece. Eles estão fazendo isso [a divulgação] por conta própria. Estão garantindo que as pessoas queiram ver o filme e saibam o reconhecimento que ele merece", afirmou.