Um movimento ousado acaba de redesenhar o mapa da tecnologia no Brasil. Uber e iFood, dois gigantes dos setores de mobilidade e delivery, anunciaram uma parceria estratégica inédita. A partir de agora, usuários poderão pedir tanto corridas quanto refeições diretamente em qualquer um dos dois aplicativos, sem precisar alternar entre plataformas. O objetivo? Tornar a experiência mais fluida, prática e, principalmente, blindar o mercado diante de um novo concorrente poderoso: a chinesa Keeta.
A parceria chega em um momento decisivo, quando o setor de entregas vive uma disputa feroz por espaço e fidelidade do consumidor. Unir forças é mais do que uma jogada de conveniência — é uma estratégia de sobrevivência.
Uber e iFood apostam na integração total
O anúncio foi feito por Dara Khosrowshahi, CEO global da Uber, que reforçou o compromisso com a praticidade: “Agora, milhões de pessoas poderão chamar uma viagem ou pedir comida no mesmo lugar”. A união permitirá que usuários em múltiplos serviços com apenas alguns toques na tela.
As s pagas, como Uber One e iFood Plus, continuarão funcionando como estão — por enquanto. Mas os bastidores já sinalizam o desenvolvimento de um plano conjunto de fidelização, o que pode balançar o mercado com novas promoções e benefícios cruzados.
A meta é clara: expandir a base de usuários, reduzir custos operacionais e entregar uma jornada digital mais intuitiva e irresistível.
Keeta chega com R$ 5 bilhões e ameaça gigantes
O nome ainda é novo por aqui, mas já causa frio na espinha das concorrentes. A Keeta, plataforma chinesa de delivery da poderosa Meituan, está prestes a desembarcar no Brasil com um investimento inicial de R$ 5 bilhões. O plano é ambicioso: ocupar uma fatia significativa do mercado com tecnologia avançada, logística agressiva e centenas de contratações.

Ainda sem data oficial de lançamento, a Keeta promete abalar estruturas — e a aliança entre Uber e iFood parece ser uma resposta direta a essa ofensiva estrangeira. A guerra pelo prato do consumidor está apenas começando.
Uber desativa aba Mercado e abre espaço para novidades
Com a nova configuração, a Uber anunciou o fim da aba Mercado, a partir de 16 de junho. Criada durante a pandemia para facilitar compras em supermercados e farmácias, a funcionalidade será descontinuada em favor de uma experiência mais enxuta e alinhada à parceria com o iFood.
Usuários já começaram a receber notificações sobre a mudança por e-mail. A expectativa é de uma transição suave, sem prejudicar quem usava o serviço regularmente. Essa decisão sinaliza que a Uber pretende concentrar esforços no que realmente importa agora: mobilidade e delivery integrados.
O que esperar dessa nova fase no mercado?
A aliança entre Uber e iFood não é apenas uma integração de apps — é uma resposta ousada a um mercado em ebulição. Em tempos de concorrência feroz, dominar o ecossistema digital do consumidor se tornou questão de sobrevivência. E, com a entrada iminente da Keeta, o cenário promete mais disrupções.
A grande aposta é na conveniência: quem oferecer tudo em um só lugar, com qualidade, rapidez e preços competitivos, deve sair na frente. Mas essa corrida ainda está longe de acabar. Se essa parceria dará certo? O tempo dirá. Mas uma coisa já é certa: a experiência do consumidor brasileiro nunca mais será a mesma.