Coco Gauff, a jovem tenista americana, tem se destacado não apenas por suas habilidades nas quadras, mas também por seu sucesso financeiro. Em 2024, Gauff superou suas conquistas anteriores, acumulando US$ 9,4 milhões em prêmios e elevando seus ganhos fora das quadras para impressionantes US$ 25 milhões. Este crescimento é impulsionado por novos patrocínios de marcas como Carol’s Daughter, Fanatics e Naked Juice, totalizando 11 parceiros.
Com um total de US$ 34,4 milhões arrecadados em 2024, Gauff se consolida como uma das atletas femininas mais bem-sucedidas financeiramente. Apenas Naomi Osaka e Serena Williams conseguiram superar esse número em anos anteriores. No entanto, apesar de seu sucesso, Gauff ainda não figura entre os 50 atletas mais bem pagos do mundo, evidenciando a disparidade de ganhos entre homens e mulheres no esporte.
Por que as mulheres não estão entre os atletas mais bem pagos?
A ausência de mulheres na lista dos 50 atletas mais bem pagos do mundo pode ser atribuída, em grande parte, às diferenças salariais e de prêmios em dinheiro. Esses valores estão diretamente ligados à receita das ligas, onde os direitos de transmissão desempenham um papel crucial. Embora as receitas dos esportes femininos estejam crescendo, ainda há uma disparidade significativa em relação aos esportes masculinos.
Por exemplo, a WNBA, liga de basquete feminino dos EUA, aumentou sua receita de mídia para US$ 200 milhões, mas ainda está longe dos US$ 6,9 bilhões da NBA. Essa diferença impacta diretamente os salários das atletas, como Caitlin Clark, que ganha significativamente menos que seus colegas masculinos.
Quais medidas estão sendo tomadas para reduzir a desigualdade?
Alguns esportes estão tomando medidas para reduzir a desigualdade de gênero. No tênis, por exemplo, os torneios de Grand Slam oferecem prêmios iguais para homens e mulheres. No entanto, ainda existem disparidades em competições menores. A WNBA está em processo de renegociação de seu acordo coletivo de trabalho, o que pode resultar em aumentos salariais significativos para as jogadoras.

Além disso, a NWSL, liga de futebol feminino dos EUA, também está buscando formas de aumentar os salários das jogadoras, embora ainda existam limitações devido ao atual sistema de remuneração. Espera-se que essas mudanças ajudem a diminuir a diferença de ganhos entre atletas masculinos e femininos.
O que esperar do futuro dos esportes femininos?
Apesar das disparidades atuais, os esportes femininos estão registrando avanços financeiros promissores. A Deloitte estima que a receita global dos esportes femininos alcançará US$ 2,35 bilhões em 2025, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. As marcas estão cada vez mais interessadas em patrocinar atletas femininas, percebendo o valor e a influência que elas trazem.
Atletas como Eileen Gu, Simone Biles e Sabrina Ionescu estão liderando o caminho, com ganhos substanciais fora de suas respectivas modalidades. A média de rendimentos das 20 mulheres mais bem pagas subiu para US$ 10,7 milhões em 2024, indicando um futuro promissor para as atletas femininas.
O que esperar dos próximos anos?
Com o crescente interesse comercial e o aumento das receitas de transmissão, os esportes femininos estão em uma trajetória ascendente. As atletas mais jovens, muitas delas com menos de 30 anos, têm potencial para alcançar ainda mais sucesso financeiro nos próximos anos. A tendência é que as disparidades de gênero diminuam à medida que mais investimentos sejam direcionados aos esportes femininos.
O futuro parece promissor, e com o apoio contínuo de patrocinadores e mudanças estruturais nas ligas, as atletas femininas podem finalmente começar a ver uma paridade real em relação aos seus colegas masculinos.