Recentemente, o estado de Minas Gerais declarou uma emergência sanitária animal devido à ameaça da gripe aviária. A decisão veio após a confirmação de um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves ornamentais na região metropolitana de Belo Horizonte. Este caso envolveu aves mantidas em um sítio, o que não afeta diretamente o comércio internacional, pois este considera apenas granjas comerciais.
O decreto de emergência permite que o estado implemente medidas de controle e prevenção, mobilizando recursos diversos para enfrentar a situação. A gripe aviária, embora não seja transmitida pelo consumo de carne ou ovos, pode impactar significativamente a produção avícola ao causar a morte de aves.
Qual a importância e os desafios da produção avícola em Minas Gerais?
Minas Gerais ocupa uma posição de destaque na produção avícola nacional, sendo o segundo maior produtor de ovos e o quinto em galináceos. A presença do vírus da gripe aviária representa um desafio significativo para o setor, que precisa adotar medidas rigorosas para evitar a disseminação da doença.
O Ministério da Agricultura e Pecuária está monitorando a situação de perto, especialmente porque a doença foi detectada em aves silvestres, sugerindo que aves migratórias podem estar trazendo o vírus para o Brasil.

Quais medidas estão sendo implementadas para controlar a gripe aviária?
Para conter a gripe aviária, o governo de Minas Gerais está seguindo um plano de contingência que inclui o descarte de produtos avícolas potencialmente contaminados. Recentemente, 450 toneladas de ovos foram descartadas como medida preventiva, após a detecção do vírus em uma granja no Rio Grande do Sul.
Essas ações fazem parte de um esforço mais amplo para garantir a segurança sanitária e proteger a produção avícola do estado. Além disso, campanhas de conscientização estão sendo realizadas para informar a população sobre a importância de relatar casos suspeitos.
Qual o histórico de casos de gripe aviária no estado?
Este não é o primeiro encontro de Minas Gerais com a gripe aviária. Em 2023, um pato selvagem foi diagnosticado com uma variante de baixa patogenicidade do vírus. Embora essa variante não represente risco para humanos, ela destaca a necessidade de vigilância contínua.
Esses casos reforçam a importância de medidas preventivas para proteger tanto a saúde animal quanto a economia do estado, que depende fortemente da produção avícola.
Qual o papel das aves migratórias na disseminação do vírus?
A introdução do vírus em Minas Gerais tem sido associada a aves migratórias que sobrevoam o território brasileiro. Essas aves podem chegar contaminadas e, inadvertidamente, espalhar o vírus entre as populações locais de aves.
Monitorar essas aves e entender seus padrões de migração são os cruciais para prevenir futuros surtos e proteger a indústria avícola do Brasil.