Um projeto de lei recentemente protocolado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) busca estabelecer restrições específicas para o atendimento de objetos inanimados, como bonecas “bebê reborn“, nos serviços públicos de saúde do estado. A proposta, de autoria do deputado estadual Caporezzo, surge em resposta a relatos de solicitações de atendimento a esses itens em unidades de saúde.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, não há registros de atendimentos a bonecas ou objetos inanimados. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais também foi consultada, mas não se manifestou até o momento. O projeto visa proibir expressamente o uso de serviços públicos para atendimentos a bonecas reborn e objetos similares.
Quais são as implicações do projeto de lei?
O projeto de lei estabelece que qualquer serviço público utilizado para atender bonecas reborn ou objetos inanimados será considerado uma infração, sujeita a multa. O valor da multa será equivalente a dez vezes o custo do serviço prestado, e os recursos arrecadados serão destinados ao tratamento de pessoas com transtornos mentais.
O deputado Caporezzo justifica a medida como uma forma de evitar o uso indevido dos serviços de saúde pública. Ele menciona casos em que “pais” de bonecas reborn teriam solicitado assistência médica em emergências hospitalares, potencialmente colocando em risco pacientes que realmente necessitam de atendimento urgente.

Como a sociedade reage a essa proposta?
A proposta de Caporezzo gerou discussões nas redes sociais, especialmente após o deputado publicar um vídeo em tom humorístico sobre o tema. No vídeo, ele simula uma conversa com uma mulher que pede a criação de uma lei para emitir certidão de nascimento para uma boneca reborn. A cena termina com uma sugestão de que a mulher seja levada para uma instituição psiquiátrica.
O vídeo e a proposta de lei levantaram debates sobre a seriedade e a necessidade de regulamentações específicas para situações inusitadas, refletindo sobre como a sociedade deve lidar com demandas que fogem ao convencional.
Por que o projeto de lei é considerado necessário?
Caporezzo argumenta que o projeto é necessário para garantir que os serviços de saúde pública sejam utilizados de forma adequada e eficiente. Ele destaca que atendimentos a objetos inanimados podem desviar recursos e atenção de casos que realmente precisam de assistência médica urgente.
Além disso, o projeto visa proteger o sistema de saúde de demandas que podem ser vistas como absurdas, garantindo que o foco permaneça em atender pessoas com necessidades reais e urgentes.
Quais são os próximos os para o projeto de lei?
O projeto de lei ainda precisa ar por discussões e votações na Assembleia Legislativa de Minas Gerais antes de ser aprovado ou rejeitado. Durante esse processo, ele pode ser alterado ou ajustado com base em debates e contribuições de outros parlamentares e da sociedade.
Se aprovado, o projeto estabelecerá um precedente sobre como lidar com solicitações inusitadas nos serviços públicos, podendo influenciar futuras legislações em outras regiões do Brasil.