O sedentarismo, muitas vezes referido como o “mal do século”, caracteriza-se por um estilo de vida com pouca ou nenhuma atividade física. Este comportamento tem se tornado cada vez mais comum em todas as faixas etárias, incluindo crianças e adolescentes, que am grande parte do tempo em frente a telas de computadores, celulares e televisores. A falta de movimento regular pode levar a uma série de problemas de saúde, como obesidade, hipertensão e diabetes, além de afetar negativamente a saúde mental.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma parcela significativa dos adolescentes em idade escolar não atinge o mínimo recomendado de uma hora de atividade física diária. No Brasil, por exemplo, dados de 2016 indicavam que 83,6% dos jovens estavam abaixo desse nível. Além dos riscos físicos, o sedentarismo pode resultar em problemas psicológicos, como irritabilidade e dificuldades de socialização.
Como o sedentarismo afeta a saúde mental?
O impacto do sedentarismo não se limita apenas ao corpo; ele também afeta a mente. Estudos indicam que a falta de atividade física pode contribuir para o aumento de sintomas de ansiedade e depressão. A prática regular de exercícios é conhecida por liberar endorfinas, que são hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar. Assim, a ausência de exercícios pode resultar em maior irritabilidade e mau humor.
Além disso, o sedentarismo pode influenciar negativamente a capacidade de concentração e o raciocínio, tornando tarefas diárias mais desafiadoras. Crianças e adolescentes sedentários podem apresentar dificuldades em interações sociais, o que pode levar ao isolamento e a problemas de socialização.

Quais são as recomendações para combater o sedentarismo?
Para enfrentar o sedentarismo, é essencial promover o que os especialistas chamam de “alfabetismo físico”. Isso envolve educar crianças e adolescentes sobre a importância das atividades físicas desde cedo, tornando o movimento uma parte natural de suas vidas. A seguir, algumas estratégias podem ser adotadas:
- Incentivar a prática de exercícios desde a infância: mesmo bebês podem ser estimulados a se movimentar, respeitando suas limitações. Crianças de até 1 ano devem ar 30 minutos por dia de bruços, enquanto crianças de 1 a 5 anos devem ter pelo menos três horas de atividade física diária.
- Dar o exemplo: pais e responsáveis devem mostrar o valor da atividade física através de suas próprias ações. Participar de atividades físicas em família pode ser uma maneira eficaz de incentivar os jovens a se movimentarem.
- Criar um espaço de comunicação: é importante ouvir as preferências das crianças e adolescentes em relação aos esportes e atividades, permitindo que eles escolham práticas que realmente os interessem.
- Introduzir exercícios de forma gradual: começar com atividades simples e aumentar gradualmente a intensidade pode ajudar a tornar o exercício uma parte prazerosa da rotina.
- Adotar um estilo de vida saudável: além de se exercitar, é crucial manter uma dieta equilibrada e garantir um sono adequado para promover o bem-estar geral.
Por que é importante promover a atividade física?
Promover a atividade física regular é fundamental para prevenir uma série de doenças crônicas e melhorar a qualidade de vida. Além dos benefícios físicos, como o fortalecimento dos músculos e ossos, a prática de exercícios pode melhorar a saúde mental, aumentando a autoestima e reduzindo o estresse.
Em um mundo cada vez mais digital, onde o tempo em frente às telas é predominante, encontrar maneiras de integrar o movimento no dia a dia é essencial. Isso não apenas ajuda a combater o sedentarismo, mas também promove um estilo de vida mais equilibrado e saudável.