ESTADO DE MINAS
'Conclave', 'Dois papas', 'Amém': Vaticano inspira filmes e séries
O papado está no centro da trama de quatro filmes e também de uma série
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'Conclave' (2024), do diretor alemão Edward Berger, segue a escolha de um novo papa, entre traições e mentiras. Indicado em oito categorias, levou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2025. Ralph Fiennes (foto) interpreta o cardeal Lawrence, encarregado de organizar o conclave, assembleia de cardeais que elege o próximo sumo pontífice após a morte do papa. No mundo clerical, todos se conhecem e os rancores são tenazes. Adaptado do romance do britânico Robert Harris, o filme escala as tensões até um inesperado final. Disponível na plataforma Amazon Prime. Foto: Diamond Films/divulgação
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'Dois papas' (2019), dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, remete à renúncia do alemão Bento XVI, em 2013. O longa de ficção imagina um duelo verbal entre Anthony Hopkins, interpretando um papa alemão muito mais autoritário que seu tímido modelo, e Jonathan Pryce (foto), no papel do futuro papa argentino que deseja ensiná-lo a dançar tango. Os dois homens superam suas diferenças graças à música de Bento, pianista, e à paixão de Francisco pelo futebol. Disponível na plataforma Netflix. Foto: Netflix/divulgação
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'The young pope' (2016), série de 10 episódios dirigida pelo italiano Paolo Sorrentino, traz Jude Law (foto) como o ítalo-americano Lenny Belardo, que acaba de ser eleito papa para surpresa geral. Se os cardeais acham que haviam escolhido um sumo pontífice facilmente manipulável, Pio XIII mostra uma personalidade atormentada, maquiavélica e desconcertante. Ultraconservador, bebe Coca-Cola de cereja, fuma nos salões do Vaticano e luta com o trauma de ter sido abandonado quando criança. Disponível no Prime Video. Foto: Gianni Fiorito/HBO/divulgação
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A série 'The new pope' (2020) é a continuidade de 'The young pope'. É eleito o novo papa, João Paulo III (John Malkovich, foto), enquanto Pio XIII (Judie Law) está em coma. Desta vez, o diretor Paolo Sorrentino dá ênfase às personagens femininas, especialmente a diretora de comunicação da Santa Sé, interpretada pela atriz sa Cécile de . Produção da HBO. Foto: HBO/reprodução
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'Habemus papam/Temos papa' (2011), filme do italiano Nanni Moretti apresentado no Festival de Cannes, surpreendeu ao narrar a eleição de um papa relutante em assumir o cargo, dois anos antes da renúncia de Bento XVI. Enquanto a fumaça branca se eleva do Vaticano, sinal do desfecho do conclave, os fiéis se apressam para ver o novo papa, mas a moldura da janela permanece vazia. De repente, ouve-se um grito. Aterrorizado, o cardeal Melville (Michel Piccoli, foto) se recusa a assumir seu novo papel. Até decide recorrer ao psicanalista para acompanhá-lo em sua nova missão. Disponível nas plataformas Amazon Prime e Apple TV. Foto: Prime Video/reprodução
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'Amém' (2002), do diretor franco-grego Costa-Gavras, inspirado no livro 'O vigário' (1963), de Rolf Hochhut, ganhou o César, maior prêmio do cinema francês, de Melhor Roteiro. Durante a Segunda Guerra, um químico contratado pelos nazistas descobre a realidade das câmaras de gás. Em vão, ele tenta, com a ajuda de um jesuíta (Mathieu Kassovitz, foto), alertar o papa Pio XII para o horror nos campos de concentração. O filme mostra o papa covarde e seu silêncio cúmplice sobre os crimes nazistas. A tese, contudo, é matizada pelo Vaticano e alguns historiadores, que lembram que Pio XII rompeu seu silêncio três vezes e contribuiu para o resgate de dezenas de milhares de judeus, especialmente na Itália. DVD à venda no site amazon.com.br Foto: Reprodução