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VACINAÇÃO É A PRINCIPAL DEFESA

Coqueluche: Ipatinga já registra 9 casos de doença

Casos positivos já superam aos computados em todo ano de 2024, quando três pacientes se infectaram

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Os casos de coqueluche dispararam em Ipatinga, no Vale do Aço. Nos dois primeiros meses deste ano a cidade já registrou nove contaminações. Os casos positivos já superam aos computados em todo ano de 2024, quando três pacientes se infectaram. Diante do crescimento de 200% o Executivo municipal intensificou a vacinação contra a doença e ampliou o prazo para que os grupos prioritários possam se imunizar. 

Em julho de 2024, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) registrou uma morte pela doença. O óbito foi ocorreu em 19 de julho, mesma data da notificação, em Poços de Caldas, no Sul do estado, de um bebê, com 2 meses, do sexo masculino. 

Na época, a investigação epidemiológica realizada pelo município apontou que a criança ainda não tinha recebido nenhuma dose da vacina contra a doença, devido à faixa etária. Além disso, a mãe do paciente também não foi imunizada com a dTpa, vacina que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, durante a gestação.

Esse foi o primeiro óbito registrado no estado desde 2019. Na época foram três mortes em decorrência da doença. Já em outubro do último ano, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou a morte de um bebê, de 1 mês, diagnosticado com coqueluche.

Diante do aumento de casos, a Prefeitura de Ipatinga ampliou o prazo de imunização para até 31 de março. “A coqueluche é uma doença grave, que pode levar a complicações sérias, principalmente em bebês e crianças pequenas [...] Nossa meta é ampliar a cobertura vacinal e evitar novos casos no município”, disse o secretário municipal de Saúde, Walisson Medeiros. 

A vacina pentavalente, que protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e influenza B, deve ser aplicada em bebês no primeiro ano de vida. São três doses (aos 2, 4 e 6 meses de vida), além de reforços aos 15 meses e aos 4 anos.

Gestantes também devem ser imunizadas a partir da 20ª semana de gestação, mesmo que tenham recebido a vacina em gestações anteriores. As doses estão disponíveis nos postos de saúde da cidade, das 8h às 15h. 

Alto contágio

Também conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença é infecciosa e altamente contagiosa. Qualquer pessoa pode ser infectada e a transmissão ocorre pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Febre, mal-estar, coriza e tosse seca são os principais sintomas.

O infectologista Estevão Urbano explica que a transmissão ocorre no período em que as tosses ficam mais recorrentes. “Durante a fase inicial de muita tosse é que há a transmissão. Ela ocorre por meio do contato com as gotículas expelidas durante a tosse. É extremamente contagiosa, então, boa parte das pessoas que entram em contato com quem está tossindo acaba adquirindo a doença. Portanto, a proteção é sempre a vacina, que praticamente zera a possibilidade de adquirir a doença e principalmente os casos graves”, detalha.

Para o médico, a principal causa do aumento dos casos de coqueluche é a queda da vacinação. “Essa queda nos índices de vacinação tem afetado outras doenças também. O sarampo e outras doenças têm aumentado também. A alta é um alerta importantíssimo para a possibilidade de retorno da coqueluche, que pode ser fatal. Essa baixa de vacinação também tem permitido um risco muito grande de várias outras doenças que tinham praticamente sido eliminadas voltarem,” salienta.

Sintomas

Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em alguns níveis. No primeiro nível, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado:  mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Esses sintomas iniciais podem durar até semanas, época em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença.

No estágio intermediário da coqueluche, a tosse a de leve e seca para severa e descontrolada, e intensa a ponto de comprometer a respiração. A crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo. Nessa fase, os sintomas são mais severos e, dependendo do tratamento, podem durar até mais de um mês.

É normal que adultos e adolescentes tenham sintomas mais leves da coqueluche em relação às crianças mais novas. A gravidade da doença também está diretamente relacionada à falta de imunidade e à idade.

Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre 6 a 12 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas podem parecer com resfriados ou outras doenças respiratórias. A tosse seca é um forte indicativo da coqueluche, mas para confirmar o diagnóstico o médico pode pedir os seguintes exames: coleta de material de nasofaringe para cultura, e PCR em tempo real.

O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista, conforme cada caso. É importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas.

As crianças, quando diagnosticadas com coqueluche, frequentemente ficam internadas, tendo em vista que os sintomas nelas são mais severos e podem provocar a morte.

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