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EM INVESTIGAÇÃO

Moradores pedem justiça por pessoa em situação de rua morta por policial

Crime aconteceu no Bairro Itapoã, no último sábado (22). Vítima foi atingida disparo de arma de fogo que partiu de um policial civil do Rio de Janeiro

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Moradores dos bairros Itapoã e Planalto, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, protestaram contra o homicídio de uma pessoa em situação de rua no último sábado (22/2). A vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo que partiu de um policial civil do Rio de Janeiro, que ava férias na capital mineira. O agente foi encaminhado à Central de Flagrantes (Ceflan), mas liberado após ser ouvido. 

Na manhã desta segunda-feira (24/2), diversas pessoas que conviveram com a vítima, identificada como Cristóvão, colaram cartazes pedindo por justiça. As mensagens foram colocadas em uma árvore próximo ao local da ocorrência, em frente a um restaurante na Rua Dr. Cristiano Guimarães. 

Pelas redes sociais, a Frente Popular em Defesa das Pessoas em Situação de Rua de Minas Gerais se manifestou em relação ao homicídio. De acordo com a entidade, Cristóvão era uma pessoa que permanecia nos dois bairros há anos e bastante conhecido da comunidade.

Ainda conforme a frente popular, a vítima era “tranquila” e tinha dois cachorros. “Este crime evidencia uma escalada no conservadorismo, violência e ódio de classes, principalmente na fração mais pauperizada da nossa sociedade. A Frente Popular se solidariza com os moradores do bairro e com os trabalhadores da Subsecretaria de Assistência Social de BH que o acompanhavam”, escreveu a instituição. 

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-legal Dr. André Roquette (IMLAR), onde foi submetido a exames de necropsia e identificação. Já o policial, que estava de férias, foi conduzido, ouvido pela autoridade policial e, em seguida, liberado. “A PCMG esclarece que um procedimento para investigar o caso está em andamento." 

Legítima defesa

No dia do crime, o policial que disparou contra Cristóvão alegou legítima defesa. De acordo com o boletim de ocorrência, o homem acionou o 190 após fazer o disparo. À Polícia Militar, ele afirmou que ao sair do restaurante, que estava com sua família, para ir manobrar seu carro, percebeu a aproximação da vítima e, em um primeiro momento, não se importou, mas ficou atento. 

Depois de um tempo, Cristóvão teria ficado mais próximo do policial, que ouviu a vítima dizer que iria matá-lo. Ainda segundo o depoimento do agente de segurança pública, ele se identificou e pediu que o desconhecido se afastasse, o que não teria sido respeitado. 

Mesmo com o alerta, o homem teria continuado a se aproximar do policial, dessa vez, segundo o registro, com as mãos por baixo da camisa. O policial então sacou sua arma e disparou contra o homem, que morreu no local. 

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Assim que acionada a PMMG fez contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que vai acompanhar o caso. Com a vítima os militares encontraram uma machadinha e uma garrafa plástica com líquido não identificado. A vítima não portava documentos e, até o momento, permanece não foi identificada. 

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