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LATINHAS NA FOLIA

Cerveja perde espaço para drinques no Carnaval de BH

Custo-benefício, sabor e até a diminuição das idas ao banheiro fazem os foliões de Belo Horizonte optarem pelos drinques prontos produzidos localmente

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Uma das características marcantes do carnaval em Belo Horizonte se destaca nas mãos dos foliões na capital mineira.  As latinhas com drinques fabricados em Minas Gerais são febre durante todo o ano, mas, neste feriado de ruas abarrotadas, os fabricantes aproveitam para faturar e se tornarem conhecidos.

As produtoras das bebidas chegaram a lançar um manifesto antes da folia intitulado ‘neste carnaval, beba local’.  E, pelo que se vê nas ruas, a campanha funcionou.

No calor do Carnaval de BH, as bebidas enlatadas se tornaram protagonistas. Além das tradicionais cervejas, drinques prontos e chás alcoólicos mineiros como Xeque-Mate, Lambe Lambe, Gingibre e Xá de Cana conquistaram o público, especialmente quem busca alternativas mais leves e refrescantes.  

A preferência por essas bebidas não ou despercebida pelos ambulantes, que aproveitaram a alta demanda para faturar. O casal Luiz Carlos dos Santos, 45 anos, e Leiliane de Oliveira, 46, decidiram vender bebidas pela primeira vez neste carnaval e se surpreenderam com o retorno financeiro. “A gente sempre curtiu, mas desta vez resolvemos trabalhar também. Primeiro, para complementar a renda. Segundo, porque essa época gira muito dinheiro. Sempre dá para fazer um corre e garantir um dinheirinho”, diz a mulher.   

No carrinho do casal, as opções vão desde cervejas tradicionais até os queridinhos do momento, como Xeque-Mate e Veneta. Mas a diferença de preços chama atenção: enquanto uma lata grande de Xeque-Mate custa R$ 25, as cervejas variam entre R$ 10 e R$ 20, dependendo da marca e do tamanho.  

Eles começaram as vendas na sexta-feira e, segundo Leiliane, o retorno tem sido animador. “A média de vendas é boa. No pré-carnaval, os blocos como ‘Chama o Síndico’ e ‘Como Te Lhamas’ já trouxeram um movimento forte”, afirma.  

Comissão eleva preços

O aumento da popularidade dessas bebidas também atraiu Sabrina Oliveira, 28 anos, que decidiu vender drinques enlatados pela primeira vez neste carnaval. “Comecei há duas semanas e vou continuar enquanto tiver festa. As vendas estão ótimas!”, diz.  

No isopor dela, as opções incluem Veneta, Xeque-Mate, Lambe Lambe e Gingibre, além das cervejas. Os preços variam, e Sabrina explica que alguns valores são mais altos para cobrir os custos operacionais.  “Eu coloco o preço considerando que eu ainda pago uma comissão de vendas”, diz.  

A ambulante Gabriela Rodrigues, de 23 anos, que há três anos trabalha na festa de rua da capital, conta que o movimento deste ano tem sido bom, pois, diferentemente de 2024, houve um limite no cadastro de vendedores. Contudo, a proibição da venda de algumas bebidas em ruas específicas, devido ao patrocínio da Ambev no carnaval, tem atrapalhado. “Eles estão brecando algumas bebidas. Não pode vender Heineken, não pode vender Coca-Cola”, afirma.

Por duas vezes, ela teve o carrinho fiscalizado por representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). “Ontem (domingo), aqui na Avenida Assis Chateaubriand, teve o episódio de uma moça que estava com Heineken no isopor dela, e eles mandaram ela tirar. Mas, têm alguns fiscais que estão levando a bebida toda. Levam o que tiver no carrinho”, conta.

Segundo Gabriela, mesmo com a restrição, a bebida mais vendida tem sido o Xeque-Mate, que não pertence à Ambev. “Não estamos achando ela no supermercado”, disse.

A ambulante Daniela da Silva, de 46, também garante que o Xeque-Mate tem sido campeão de vendas, mas outras bebidas têm sido procuradas pelos foliões, como Lambe-lambe, Veneto e Xá de Cana. “Eu vi que nossa saída tem sido maior com drinques, então eu estou investindo mais. Não que eu não tenha cerveja. Mas, se o pessoal pede muito uma bebida num dia, eu já compro e trago mais dela no dia seguinte”, exemplifica.



Aprovação dos clientes  

Entre os foliões, os drinques mineiros conquistaram espaço e se tornaram uma alternativa prática e refrescante. Gabriela Dutra, 34 anos, veio de São Paulo e já tem suas preferências.  “Já cheguei no sábado e vou aproveitar até amanhã (terça-feira, 4)! O Xá de Cana, o Gingibre e o Xeque-Mate são os melhores. O Marvadeza também está fazendo sucesso, mas está difícil de achar”, diz.  

A jornalista Diane Mazzone, também aderiu à tendência e prefere os drinques. “Estou bebendo Lambe Lambe e Xeque-Mate. Cerveja eu nem cogito, porque incha e esses drinks são mais tranquilos. Além disso, são bebidas mineiras”, afirma.  

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O professor universitário Rodrigo Lemos é mais um dos que trocou a cerveja pelas bebidas enlatadas. Os motivos são o preço e as idas ao banheiro. “A cerveja tem um preço elevado também. O custo-benefício das outras bebidas é melhor e vamos menos ao banheiro. Quando acaba, vamos para as outras”, diz, enquanto bebe um gole de Gingibre.

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