LAVAGEM DE DINHEIRO

MG: irmãos suspeitos de integrar organização de sonegação fiscal são presos

Grupo atuava em Unaí e era especializado em emissão de notas fiscais falsas, lavagem de dinheiro e abertura de empresas fantasmas

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Dois homens foram presos suspeitos de participar de uma organização especializada em sonegação fiscal, emissão de notas fiscais falsas e lavagem de dinheiro. Os irmãos, de 24 e 40 anos, foram encontrados e detidos próximos à divisa entre Goiás e Bahia na manhã desta sexta-feira (28/3).

A prisão fez parte da operação Caça-Fantasma, deflagrada em novembro de 2024 pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O grupo-alvo atuava em Unaí, na Região Noroeste de Minas Gerais. 

De acordo com as investigações, o grupo teria criado, ao menos, 268 empresas fantasmas em nome de laranjas, em vários estados do país. Levantamentos ainda apontaram que, por várias ocasiões, contadores e agentes de certificação ligados ao esquema realizaram mutirões em cidades satélites do Distrito Federal, com o objetivo de cooptar pessoas com baixa instrução, ou mesmo dependentes químicos, para abertura de empresas e contas bancárias.

As vantagens obtidas mediante prática de estelionato e sonegação fiscal eram dissimuladas e integradas em atividades como construção civil, aquisição de imóveis, supermercados, academias, casas lotéricas, cafeterias, posto de combustível e lojas de conveniência.

Ainda segundo a PCMG, o esquema criminoso tinha como vítimas produtores rurais, alvos do crime de estelionato, e a finalidade de sonegar o Imposto de Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As investigações apontaram que o esquema gerou um prejuízo fiscal de aproximadamente R$ 600 milhões aos cofres públicos e relativos a transações comerciais, com emissão de notas fiscais frias, na ordem de R$ 5 bilhões.

Em dezembro de 2024, um suspeito de participar da organização foi preso em Mato Grosso, durante uma viagem de ônibus. Na época da abordagem, o homem apresentou documentação falsa com dados de um advogado atuante em Unaí. Com ele, foram encontrados 33 cheques em nome de integrantes do grupo, que totalizaram R$ 1.352.228. 

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A ação desta sexta-feira foi realizada pela Agência de Inteligência e do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro do 16º Departamento em Unaí, com o apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Comando de Operações de Divisa de Goiás (COD).

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