Museu do Ouro será reaberto na antiga sede da Prefeitura de Sabará
Acordo entre município mineiro e governo federal será firmado nesta segunda-feira (14/4)
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Siga noSinal verde para reabertura do Museu do Ouro, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Fechado há mais de dois anos, o equipamento cultural vinculado ao Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram)/Ministério da Cultura vai funcionar temporariamente no Solar do Padre Correia, prédio colonial totalmente restaurado, ex-sede da Prefeitura Municipal e um dos ícones do Centro Histórico da cidade.
Segundo o secretário Municipal de Cultura, Marcelo Santiago, a mudança deverá ser ainda em 2025. Na segunda-feira (14), haverá uma reunião da equipe da Prefeitura de Sabará, cujo chefe do Executivo é o Sargento Rodolfo, com representantes do Ibram, para formação de parceria e posterior reabertura do Museu do Ouro, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Federal (Iphan).
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“Como o Solar do Padre Correia fica no Centro da cidade, portanto com mais facilidade de o, acreditamos que o número de visitantes será bem maior”, disse Santiago, lembrando que cerca de mil pessoas visitam mensalmente o equipamento cultural.
Enquanto o imóvel onde está o Museu do Ouro ficar fechado para reformas, a instituição vai usar parte do solar para expor seu acervo e permitir a visitação pública. Todos os custos para viabilizar a transferência do acervo e fazer a manutenção do museu estarão a cargo do governo federal, sem onerar o município.
A assessoria do Ibram informou ao Estado de Minas que a “Prefeitura de Sabará disponibilizou um prédio (o Solar, antiga sede da Prefeitura), que irá abrigar o acervo do Museu do Ouro (fechado desde janeiro de 2023)”. A expectativa é de que, “em breve”, o museu seja reaberto ao público a sede provisória.
“No momento, Ibram e Prefeitura de Sabará estão formatando um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para viabilizar a parceria. Na segunda-feira (14), haverá a primeira reunião de planejamento do plano de trabalho que irá formalizar os termos do ACT para a cessão do espaço.”
Casa de intendência
Com rico acervo, o Museu do Ouro, inaugurado há quase 70 anos (em 1946), ocupa a antiga Casa de Intendência e Fundição do Ouro de Sabará. Em 17 agosto de 2024, quando se celebrava o Dia do Patrimônio Nacional, a equipe do EM mostrou a situação do imóvel e a decepção dos turistas, então impedidos de ver o interior da construção. Na porta principal, na Rua da Intendência, estava o um aviso: fechado por tempo indeterminado.
Moradores reclamaram: “É um absurdo, o turista vem às vezes de longe e não tem o que ver. E quem é daqui não pode entrar”, disse um vizinho do equipamento cultural, apontando o dedo para a fachada. “Já viu a trinca aí na ali?” Impossível não ver a fenda na parede”, disse um vizinho.
Veio então a explicação da superintendência do Iphan em Minas: “São realizadas fiscalizações periódicas e monitoramento das condições estruturais, sendo mantido contato permanente com o Ibram”. E mais: “A obra de restauração do Museu do Ouro é uma ação do PAC, e o Iphan e o Ibram trabalham conjuntamente na atualização e complementação do projeto e orçamento da obra.”
O Ibram acrescentou: “O fechamento, para evitar danos ao acervo museológico e aos visitantes, ocorreu por iniciativa da gestão do museu, diante das condições estruturais do prédio. A Defesa Civil recomendou a interdição parcial do museu, para que fosse realizada uma avaliação mais detalhada”.
Segundo o Ibram, o acervo continua no museu e está devidamente acondicionado, com o tratamento técnico adequado para a sua preservação, até que ele possa voltar às salas expositivas sem qualquer risco. Já o istrativo do museu migrou para o prédio anexo (Casa Borba Gato) e sua equipe técnica tem vistoriado o acervo regularmente.
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Tesouros
Minas tem um dos maiores acervos de bens tombados pelo Iphan no país, sendo 204 tombados isoladamente e 19 conjuntos arquitetônicos e urbanísticos, totalizando 30 mil imóveis. Já pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), são 151 (tanto isolados quanto conjuntos).