RECORDES TRÁGICOS

MG: período chuvoso tem 27 mortes e aumento de mais de 400% de desabrigados

Último óbito foi registrado em Belo Horizonte, no último sábado (12/4). Raphaela, de 14 anos, foi arrastada por uma enxurrada no Barreiro

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Vinte e sete pessoas morreram durante o último período chuvoso em Minas Gerais. As informações foram divulgadas pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) nesta quarta-feira (16/4). O último óbito foi registrado em Belo Horizonte, no último sábado (12/4). A vítima foi a adolescente Raphaela Vitória de Oliveira Moura, de 14 anos, que foi arrastada junto com a prima por uma enxurrada durante temporal em 24 de março, no Barreiro. 

De acordo com o governo de Minas Gerais, de 1º de outubro de 2024 a 31 de março deste ano, 170 municípios decretaram situação de emergência e um determinou situação de calamidade pública em decorrência de desastres provocados pelas chuvas. 

O atual período chuvoso superou os de 2022-2023 e 2020-2021, ambos com 22 mortes registradas. A temporada de 2021/2022 contabilizou 30 mortes, enquanto a mais grave dos últimos anos foi a de 2019/2020, com 73 óbitos.

A quantidade de pessoas desalojadas - ou seja, tiveram que desocupar seus imóveis e encontraram abrigo na casa de parentes ou amigos - aumentou 249% no estado, quando comparado aos dados do período anterior. Em 2024/2025 foram registrados 9.905 atendimentos do tipo, contra 2.833 até 16 de abril de 2024, que engloba a época chuvosa de 2023/2024. 

O salto também foi notado em relação às famílias desabrigadas, que tiveram que procurar abrigos públicos. Segundo o balanço deste período foram 2.064 pessoas, já na temporada anterior foram 399. Os números representam crescimento de 417%. 

em Ipatinga, durante o temporal registrado neste 13 de janeiro, foram 220 pessoas expulsas de casa em decorrência das chuvas. Na cidade, dois dos 10 óbitos confirmados foram de crianças. No Bairro Bethânia, que teve seis mortes, choveu 204 milímetros em poucas horas – quase o volume previsto para o mês inteiro ao longo madrugada do dia 13 de janeiro. A tragédia foi descrita pelas autoridades como uma cena de guerra. A cidade vizinha Santana do Paraíso também contabilizou uma morte em decorrência de deslizamentos.

Apoio 

Segundo a Cedec, como parte das ações de assistência, o órgão distribuiu mais de 22 mil itens de ajuda humanitária, totalizando 157 toneladas. Além disso, foram distribuídos 4.311 cestas básicas, 2.838 colchões, 2.796 kits dormitório, 2.416 kits de higiene, 1.632 kits de limpeza e 8.259 itens variados, como roupas, telhas e lonas.

“Garantimos apoio rápido, em até 24 horas, a todos os municípios que solicitaram ajuda. Durante o período, 100% das cidades que acionaram a Defesa Civil foram atendidas, resultado da preparação constante e da articulação entre Estado e as cidades”, afirma o coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Paulo Roberto Rezende.

Além disso, ainda em apoio à população atingida, o governo de Minas criou, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), linhas de crédito emergenciais para micro e pequenas empresas afetadas pela chuva, além de prefeituras de municípios com decretos de situação de anormalidade vigentes. Em pouco mais de um mês, cerca de 500 empreendedores de 75 cidades aram os recursos, que somaram R$50 milhões.

Já o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) contribuiu com profissionais voluntários para reforçar ações de vistoria de imóveis e e às equipes da Cedec. 

“Um parceiro fundamental nesse processo foi o Serviço Social Autônomo (Servas), por meio da campanha SOS Águas 24/25. A iniciativa mobilizou a sociedade civil na arrecadação de doações financeiras e materiais, que foram convertidas em assistência direta às famílias em situação de vulnerabilidade, especialmente nas regiões mais afetadas”, aponta a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). 

Morte em BH

A única morte do período chuvoso na capital mineira foi registrada no último sábado (12/4). Raphaela Vitória de Oliveira Moura, de 14 anos, foi arrastada junto com a prima por uma enxurrada durante um temporal que atingiu a Região do Barreiro em 24 de março. Desde então ela esteve internada no Hospital João XXIII, na Região Hospitalar da capital. 

Raphaela e a prima, Geovanna Emanuelly Rodrigues Souza, de 15, caminhavam de mão dadas pela Avenida Bráulio Gomes Nogueira, no Bairro Tirol, por volta das 12h, em direção a um ponto para pegar a van escolar. As duas escorregaram ao tentar atravessar a rua, sendo levadas pela correnteza por 50 metros, até ficarem presas embaixo de um caminhão.

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Geovanna conseguiu gritar por socorro e foi resgatada por motociclistas. Já a prima não conseguiu se desvencilhar do veículo e acabou ficando submersa, sem respirar, por mais de cinco minutos. Ela conseguiu ser socorrida e foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Diamante. Em seguida ela foi transferida em estado grave para o pronto socorro do João XXIII. 

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