Minas Gerais registrou 10 mortes por dengue em uma semana. Os dados foram confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), por meio do de Monitoramento das Arboviroses, no início da tarde desta terça-feira (22/4). Ao todo, 53 pessoas já morreram em decorrência da infecção.
Além dos óbitos em que foi confirmada a relação com a arbovirose, a SES-MG investiga outras 71 infecções fatais. O levantamento diário também apontou que as contaminações pela doença cresceram 7% em sete dias, saltando de 46.154 na última terça-feira (15/4) para 49.416 nessa terça-feira.
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Dos óbitos, 32% foram registrados em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A cidade já confirmou 9.005 casos positivos para a doença e 17 mortes. Na vizinha Uberaba, a situação é semelhante, com 11 óbitos e 1.756 contaminações.
Em virtude da escalada dos números, em 26 de fevereiro, a Prefeitura de Uberlândia determinou estado de emergência. O documento tem duração de cinco meses e permite que a istração municipal tenha maior facilidade para aplicar manobras de combate ao mosquito Aedes Aegypti.
Já a Prefeitura de Uberaba, em 24 de fevereiro, reabriu o Centro de Referência à Dengue para atender à demanda de pacientes com sintomas da doença. O município decretou situação de emergência quatro dias depois. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que segue monitorando o cenário epidemiológico. Contudo, reforça que, neste momento de epidemia, a colaboração de todos é fundamental. “É imprescindível que todos cuidem dos seus quintais e eliminem os focos do mosquito. A SMS também orienta que os usuários procurem uma Unidade de Saúde durante os primeiros sintomas, para que não haja agravamento no quadro clínico”, finaliza a prefeitura.
Em Belo Horizonte, o cenário é diferente do encontrado nas cidades do Triângulo Mineiro. Conforme o último boletim epidemiológico, divulgado em 16 de abril, nenhuma morte em decorrência da dengue foi confirmada na cidade. Além disso, 602 casos foram confirmados.
Comorbidades
Ainda segundo o monitoramento da SES-MG, 75,47% das pessoas que perderam a vida para a arboviroses possuem algum tipo de comorbidade. Desse total, a maior presença é de pacientes com quadro de hipertensão, em seguida estão casos de diabetes e doença renal.
O infectologista Leandro Curi, que integra a equipe do Hospital Semper, acredita que perdemos a guerra contra o vetor transmissor da dengue. Porém, o especialista defende que a prevenção mais eficaz é a vacina. “Minha expectativa é que enquanto ela [vacina contra a dengue] ainda não é produzida em nosso país, que seja possível comprar mais doses para ampliar a proteção e estendê-la para outras faixas etárias”, destaca.
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