JUSTIÇA

MG: ex-prefeito é condenado por integrar organização criminosa e homicídio

A sentença foi expedida 14 anos após o crime ser cometido. O réu foi eleito prefeito de Itanhomi, no Vale do Rio Doce mineiro, em 1988

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Um ex-prefeito de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, foi condenado, aos 82 anos, por homicídio cometido em 2011, tentativa de homicídio de outras duas pessoas e por integrar organização criminosa. Eleito em 1988, o homem foi sentenciado a 25 anos e três meses de reclusão em regime fechado, de acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

O ex-prefeito estava preso preventivamente em regime domiciliar devido ao estado de saúde. Ele foi julgado na 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Conselheiro Pena, município também no Vale do Rio Doce.

De acordo com o MPMG, as investigações indicaram que o réu fazia parte de uma organização criminosa conhecida como "Família", formada por “fazendeiros, políticos, empresários, policiais militares e civis e agentes penitenciários que praticavam crimes de extorsão, corrupção ativa e iva, concussão (quando um servidor público exige vantagem indevida em função do cargo que exerce) e homicídios por recompensa”.

A organização se reunia esporadicamente para decidir possíveis encomendas de homicídios na região. Ainda segundo o Ministério Público, em 2011, “o grupo articulou emboscada contra um suspeito de furto na fazenda do réu. Um dos integrantes da organização intermediou a contratação de executores do crime.”

De acordo com a denúncia, a recompensa oferecida pela morte do alvo era de R$ 50 mil. Na ocasião, três executores se organizaram para o homicídio, mas “se confundiram e mataram o irmão daquele que seria a vítima, além de ferir outras duas pessoas que estavam no local da emboscada”, informou o órgão. Eles foram detidos em tentativa de fuga em um município vizinho.

As investigações contaram com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Em 2013, os executores chegaram a ser julgados no Tribunal do Júri, porém as investigações teriam indicado que houve compra dos jurados, além de intimidação de testemunhas. O MPMG, então, recorreu e conseguiu a anulação do júri.

Na nova deliberação, a denúncia foi desmembrada. Ainda vai haver julgamento de outros integrantes da organização.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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