Violência no trânsito

A via mais letal de BH: um morto em acidente a cada 850 metros, em média

Embora não seja a pior em desastres por extensão, Anel Rodoviário é via mais letal no trânsito de BH. Em média, cada trecho menor que 1km teve um óbito em 2024

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O Anel Rodoviário de Belo Horizonte se mantém como destaque negativo como uma das vias mais perigosas de Belo Horizonte. De acordo com o levantamento do Estado de Minas considerando o número de desastres por extensão percorrida, as 35 mortes ocorridas na estrada de 31.339 metros que corta a área urbana lhe rendem o título de via mais mortal, com uma pessoa tendo perdido a vida a cada 895 metros, em média, em 2024, ano em que ocorreram 740 acidentes com vítimas feridas ou que perderam a vida.


As estatísticas de 2024, levando em conta a extensão da via considerada pela Prefeitura de Belo Horizonte e os dados de ocorrências da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) são alarmantes, mas o acumulado de 1.082 acidentes no Anel Rodoviário no primeiro trimestre de 2025 já representa um aumento de 16,59% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando ocorreram 928 registros.


Em 2024, o número de acidentes no Anel também foi o maior da cidade considerando apenas uma via, embora classifique o corredor de tráfego em 13º lugar pela proporção de acidentes em relação à extensão das pistas, com a razão de uma ocorrência a cada 7,22 metros.


Entre os veículos que mais se envolveram em acidentes no Anel Rodoviário, 64,8% eram automóveis, 14,6%, motos, 14,3%, caminhões, 4%, caminhonetes e 2%, ônibus. Entre as causas mais comuns se destacam a falta de atenção (58,2%), não manter a distância de segurança entre dois veículos (12,2%), má visibilidade (3,8%), derrapagem (2,9%) e outras causas (22,6%)

Os trechos com mais registros de acidentes – pelo menos 100 – do Anel Rodoviário são os que cortam os bairros Dom Bosco (945), São Francisco (404), Engenho Nogueira (286), Universitário (178), Nazaré (166), Olhos D'Água (159), Madre Gertrudes (148), Califórnia (134), Caiçaras (115), São Gabriel (105), Alto Caiçaras (103), Estrela do Oriente (103), Goiânia (103). Santa Maria (102) e Jardim São José (101).


Já os bairros cortados pela via onde mais mortes foram registradas foram o São Francisco, com 15 óbitos, Dom Silvério (3), Goiânia (3), Estrela do Oriente, Jardim São José, Olhos D'Água, Universitário (todos com dois, cada), Califórnia, Dom Bosco, Engenho Nogueira, Jardim Alvorada, Jardim Montanhês e São Gabriel (todos com um registro, cada).


Alta letalidade na Mem de Sá


Entre vias mais mortais de Belo Horizonte em 2024, a Avenida Mem de Sá, na Regional Leste, entre os bairros Santa Efigênia e Paraíso se destacou negativamente. Foram 137 acidentes a maioria no Bairro Paraíso (64), seguido pelo Santa Efigênia (40), Vila Novo São Lucas (13), Fazendinha (12) e Cônego Pinheiro (8). Um óbito foi registrado em acidente ocorrido no Bairro Paraíso e outro no Santa Efigênia.


As duas mortes na Avenida Nossa Senhora do Carmo a projetaram como a terceira mais mortal, com os casos fatais tendo ocorrido nos bairros São Pedro e Carmo. A Avenida dos Andradas veio em seguida na proporção de mais óbitos por distância percorrida, com registro de 1.068 acidentes e seis mortes. Os trechos de bairros com mais de 100 registros de acidentes foram o Santa Efigênia (315), Centro (274) e Esplanada (145). Das mortes, duas ocorreram no Esplanada, outras duas no Santa Efigênia, uma em Santa Tereza e uma na Vila São Rafael.


PBH: monitoramento orienta intervenções


Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que acompanha os acidentes nas vias da cidade com o objetivo de implementar ações de segurança. “Diariamente as vias são monitoradas por meio dos sistemas eletrônicos do Centro de Operações (COP) e dos agentes de trânsito em campo. Entre as medidas estão a regulamentação da velocidade nos corredores e a instalação de equipamentos de fiscalização eletrônica (radares) de velocidade e de avanço de semáforos.”


A PBH afirma que a escolha dos locais para instalação dos dispositivos segue critérios técnicos, priorizando áreas de maior risco. “Outras ações são as campanhas permanentes de educação de trânsito, realizadas pela BHTrans. Visando à redução de vítimas entre os usuários mais vulneráveis da via, que são os pedestres, a BHTrans tem implementado ações como a construção de ilhas de travessia e rotas de caminhamento no Centro da cidade, além de aumento nos tempos de travessia; as calçadas ganharam ibilidade, com rebaixo especial e piso tátil para pessoas com deficiência visual”, informou.


“Nas campanhas para pedestres, a equipe de artes atua junto às faixas de travessia abordando os pedestres e orientando sobre comportamentos seguros. Os alunos das redes de ensino têm o a programas educativos permanentes do ensino infantil até o ensino médio, diariamente, durante o ano letivo”, informa, em relação à educação para o trânsito. “As melhorias na sinalização são constantes e a população contribui por meios de solicitações no Portal de Serviços da PBH e nas reuniões da Comissão Regional de Transportes e Trânsito (CRTT), que é um fórum mais amplo e que discute desde a implantação de um redutor de velocidade ou um semáforo até uma grande mudança de circulação”, afirma a PBH.

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2024 registrou recorde de acidentes


O ano ado representou o patamar mais alto de violência contínua no trânsito de Belo Horizonte desde 2020 – época do lockdown devido à pandemia do novo coronavírus. Em 12 meses, foram 84.621 acidentes, sendo 71.367 sem vítimas e 13.254 com mortos ou feridos – também o maior volume em 10 anos de registros da Sejusp para a capital mineira. E o acumulado de 20.327 acidentes no primeiro trimestre de 2025 já é 5,45% superior ao mesmo período de 2024, quando foram computados 19.279 ocorrências de trânsito.

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