Copasa faz buracão para consertar rede e causa caos em porta de maternidade
Tubulação de água da Copasa se rompeu no último sábado (24/5). Para a manutenção uma cratera de cerca de três metros de profundidade foi aberta
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Siga noO rompimento de uma tubulação de água da Copasa, na tarde do último sábado (24/5), tem trazido transtorno para quem precisa chegar até o Hospital Maternidade Sofia Feldman, no Bairro Tupi, na Região Norte de Belo Horizonte. Para além da quantidade de água que cobriu a entrada da unidade de saúde e invadiu comércios na Rua Antônio Bandeira, para manutenção da rede foi preciso abrir uma cratera de cerca de três metros de profundidade e cerca de sete metros de diâmetro.
A tubulação se rompeu por volta das 17h do último sábado (24/5). Vídeos enviados à reportagem mostram que a pressão da água rompeu o asfalto e formou uma correnteza nas ruas Antônio Bandeira e Narciso.
O filho recém-nascido de Fabíola Teixeira, de 37 anos, está internado na maternidade. Apesar da secretária estar hospedada em uma casa de apoio a mães, na rua da unidade de saúde, ela relata que o o ao local está difícil, uma vez que carros não podem chegar próximo da portaria. “Ontem [domingo] foi ainda mais difícil de chegar aqui. Os carros de aplicativo tinham que dar tanta volta que ficava até mais caro”, relata a secretária.
As obras também têm impactado na chegada das ambulâncias. Antes, a entrada acontecia pela Rua Antônio Bandeira, mas até que a via seja restaurada é preciso que o veículo de urgência dê voltas pelo quarteirão e manobre pela Rua Narciso, bem em frente à cratera.
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“Além do transtorno, tem barulho o dia todo e de noite. Até de madrugada eles estão trabalhando. Na recepção do hospital o barulho e em alguns consultórios o barulho está incomodando bastante”, relata Fabíola, que acompanha o filho em uma enfermaria neonatal.
Fabíola Teixeira afirma que além dos transtornos causados pela cratera, o barulho da obra também tem causado impactos nas pessoas que frequentam a maternidade
As enfermeiras Juliana Diamantino e Geane Cardoso estão fazendo estágio de especialização no Hospital Sofia Feldman. Logo no primeiro dia elas tiveram dificuldade de chegar até a unidade devido à obra. “Eu tive que dar volta por trás do hospital, não consegui entrar pelos fundos, tive que dar a volta até chegar próximo da entrada principal de novo. O o esta bem complicado”, explica Juliana.
De acordo com a Copasa, a previsão é que a obras para restauração da tubulação sejam concluídas até a noite desta segunda-feira (26/5). A empresa afirmou, ainda, que os imóveis ao redor da manutenção, incluindo o hospital, não foram afetados pelo desabastecimento.
Prejuízo
Elton Michel Jesus Rodrigues tem uma hamburgueria bem em frente ao ponto em que houve a ruptura da rede de água. Pronto para abrir o estabelecimento, em um dos dias de maior movimento, ele teve o imóvel invadido pela água. Ao Estado de Minas, ele contou que a enchente misturada com lama cobriu todo o salão e chegou a cozinha do local. Além disso, o eio que havia sido recém-reformado foi danificado pela força da água e acabou infiltrando na estrutura.
“A gente estava com os preparativos no jeito para iniciar o trabalho. Ai rompeu e atrapalhou completamente, não teve como. Por enquanto, em termos de matéria prima, a gente não perdeu nada, mas perdemos em termos de faturamento do dia, pagamento de funcionário e clientes que deixaram de vir nesse dia. A água ou por baixo e levantou ”
Na foto, Elton Michel Jesus Melo
Do outro lado da rua, ao lado da entrada do Hospital Sofia Feldman, Vitor Lopes acompanha o andamento da manutenção da rede de água. Ele tem uma lanchonete no local e diz que o vazamento da água pegou todos de surpresa. Além disso, ele afirma que muitos moradores e comerciantes que possuem garagem próximo ao local das obras não têm conseguido sair com o veículo, devido ao impedimento na via. “As vezes chega ambulância aqui no hospital que o motorista não sabe do buraco que está aqui e tem que acabar voltando na rua, que é contramão. Então, ficou muito ruim o o”.
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Apesar dos impactos no trânsito da região, Lopes garante que o movimento na lanchonete não foi impactado. “As pessoas acabam dando a volta ao redor da cratera e am aqui normalmente. O maior problema está sendo para quem vem entregar mercadoria, que tem que estacionar aqui perto e o de pessoas de carro que vão para o hospital e não conseguem ar”.