Escolas municipais recebem vacinas contra gripe e visita do Zé Gotinha
Prefeitura de Belo Horizonte iniciou nesta terça-feira (27/5) a aplicação de vacinas contra a gripe nas escolas municipais da capital
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Siga noA terça-feira (27/5) começou com a visita especial do Zé Gotinha na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Grajaú, Região Oeste de Belo Horizonte. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) iniciou a aplicação de vacinas contra a gripe em escolas municipais na manhã de hoje e imunizou cerca de 50 crianças na unidade.
A estratégia busca ampliar a cobertura vacinal entre as crianças, um dos grupos mais vulneráveis às formas graves de doenças respiratórias.
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O secretário municipal de saúde Danilo Borges Matias destacou a importância da ação de hoje. “A gente sabe que leva mais ou menos 15 dias para que a pessoa esteja com a imunidade completa e a gente ainda tem o frio pela frente. Então é muito importante que a gente faça ações como essa, que a população venha se vacinar e que a criança volte para casa com a mensagem da importância da vacinação”.
A professora Junia Maria Silva, de 40 anos, estava esperando a campanha de vacinação nas escolas para imunizar a filha Gabriela Silva Dias, de 4 anos. “A gente trabalha o dia inteiro, temos vários compromissos durante o dia e quando a vacina vai na escola já ajuda a gente, já facilita a nossa a nossa rotina, e garante que a caderneta de vacinação fique 100%”.
Antes de tomar a vacina, Junia conversou com a filha e explicou a importância de se vacinar. “Falamos que vai doer um pouquinho, mas que é para o bem dela, para o corpo dela ficar forte. O pai dela tem todo o sistema de conversar com ela, que a vacina vai entrar e vai pro sangue e depois quando o bichinho tentar entrar nela, a vacina vai fazer efeito”.
Ainda de acordo com o secretário, a prefeitura trabalha na conscientização de pais e/ou responsáveis que ainda são resistentes à vacinação. “Com muita paciência e com muita informação vamos conversando com os pais. A gente manda junto da cartinha das crianças, do caderninho que vai para as casas, informações, orientações gerais. A imprensa também tem um papel fundamental, no sentido de demonstrar que os imunizantes são seguros, que eles têm efeitos colaterais mínimos e que não justificam a resistência. Ainda temos internações de idosos e internações de crianças em BH. Isso tudo é prevenível com a vacinação. É dessa forma que a gente vai trabalhando o convencimento daqueles que ainda encontram resistentes para aceitar e aderir a vacina”.
A secretária municipal de educação Natália Araújo também acompanhou a ação de hoje e comemorou a parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “Temos doses suficientes e os imunizantes são seguros. A escola é um local de confiança dos pais e as equipes de saúde dentro das escolas redobram essa confiança. Então não há motivo para se preocupar. Nós precisamos restabelecer a confiança nos imunizantes e a gente vai fazendo isso com muita informação”.
Até o momento, já foram aplicadas mais de 661 mil doses da vacina contra a gripe. Desse total, cerca de 310 mil foram istradas nos grupos definidos pelo Ministério da Saúde para o cálculo da cobertura vacinal: crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias (30,9%), idosos com 60 anos ou mais (53,7%) e gestantes (24%). Belo Horizonte alcançou 48,3% de cobertura, sendo que a meta é de 90%.
Na ação de hoje, além da vacina da gripe, os alunos também podem receber, de acordo com a situação vacinal, as doses para a prevenção da poliomielite, sarampo, rubéola, caxumba, varicela, febre amarela, meningite e covid-19.
Além dos estudantes, profissionais das instituições de ensino que ainda não foram imunizados também podem receber as doses diretamente nas escolas.
Curva de ascensão de doenças respiratórias
O secretário acredita que Belo Horizonte já tenha atingido o pico de demanda por atendimento de doenças respiratórias. Houve uma diminuição no número de ocupação de leitos infantis, porém, o índice de internações do público adulto ainda preocupa a prefeitura.
Em 2025, até a última semana, foram registradas 8.401 solicitações de internação por doenças respiratórias na rede SUS da capital. Desse total, 1.744 pedidos foram para crianças menores de 1 ano e 3 mil para pessoas com 60 anos ou mais, sendo, atualmente, os públicos mais suscetíveis à internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pode ser causada pelos vírus influenza, coronavírus, rinovírus, vírus sincicial respiratório, entre outros.
"Os dados que a gente acompanha diariamente nos mostram que BH já atingiu o pico, mas a gente ainda precisa esclarecer, porque há uma diferenciação entre o público infantil e o público adulto. Ainda estamos preocupados com o alto índice de internações do público adulto. Parece que o pior momento com relação ao público infantil está ando. Os próximos dias vão nos permitir dizer isso com mais certeza. A gente ainda tem um número muito grande de ocupação dos leitos, dos adultos, mas a gente começa a ver uma melhora da ocupação dos leitos infantis. Também porque a gente teve um incremento muito forte em leitos infantis e o incremento dos leitos dos adultos começou a acontecer mais intensamente da última quinta-feira para cá", esclareceu Danillo.
A expectativa da PBH é de que sazonalidade de doenças respiratórias em função do clima aconteça até a primeira semana de julho. Até lá, segundo a secretaria de saúde seguirá atuando em estratégias para incentivar a vacinação e a ampliação de atendimento médico.
"A situação está sob controle, mas a gente ainda está em alerta. Não é momento de baixar a guarda e de deixar de lado nenhuma das estratégias, seja a vacinação, seja o reforço das equipes nas nossas unidades de saúde, seja o estudo de novas aberturas, de novos serviços. Ainda temos muitos dias de frio pela frente".
Como vacinar na escola?
Para que as crianças possam ser vacinadas nas escolas, é obrigatória a autorização dos pais, mães ou responsáveis legais, mediante de um termo previamente distribuído nas instituições. A verificação do documento, devidamente preenchido e assinado, é de responsabilidade das equipes de saúde.
Além da vacinação, é anexado ao termo de autorização um aviso direcionado aos pais e mães, com o objetivo de sensibilizar os responsáveis por crianças que utilizam bombinha devido a problemas respiratórios e que não realizaram acompanhamento nos últimos seis meses. A proposta é aproveitar essa oportunidade como uma ação de captação ativa desse público, incentivando a necessidade de procurar o centro de saúde de referência para o devido cuidado.
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Alunos e trabalhadores das escolas que forem receber a vacina devem apresentar, preferencialmente, um documento de identificação com foto ou certidão de nascimento, além do F e cartão de vacina, para que o registro seja feito corretamente.