Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
Igreja se prepara para escolher novo papa, após morte de Francisco crédito: Getty Images
Com a morte do papa Francisco, nesta segunda-feira (21/4), a Igreja Católica se prepara para escolher o novo líder da religião. A escolha se dá por meio de um conclave, a eleição que ocorre entre os cardeais.
Após a morte ou renúncia de um papa, o cargo fica vago. A cerimônia precisa começar entre 15 e 20 dias da vacância do pontificado. No conclave, são 120 cardeais com poder de voto, no chamado Colégio de Cardeais, que se reúnem na Capela Sistina, no Vaticano, completamente isolados do mundo exterior.
Para ser eleito papa, um cardeal precisa ter dois terços dos votos, ou seja, 80 votos. Os cardeais podem votar entre si, mas não podem indicar seus próprios nomes para o cargo.
Antes de iniciar a votação, três cardeais são escolhidos para serem os escrutinadores, que são os responsáveis por contar os votos do conclave. Outro trio de cardeais é nomeado revisor do ritual.
Com oito indicações ao Oscar 2025, o filme “Conclave”, que retrata o processo de escolha de um Papa, é uma das produções mais aclamadas da atualidade.
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Com direção de Edward Berger (“Nada de Novo no Front”, de 2022), o longa-metragem é uma adaptação de best-seller homônimo escrito por Robert Harris, lançado em 2016.
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Na trama, o cardel Lawrence, vivido por Ralph Fiennes (“O Jardineiro Fiel” e “O Paciente Inglês”), é quem conduz o conclave para a escolha do novo pontífice após a morte súbita do então líder mundial da Igreja Católica.
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À frente do confidencial processo eleitoral com mais de cem cardeais do mundo todo, Lawrence se envolve em uma conspiração que ameaça abalar sua fé e as bases da Igreja.
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Os bastidores da disputa, com conversas nos corredores do Vaticano e as articulações políticas na disputa de poder, são o cerne do filme, aliando mistério e tradição, em uma espécie de thriller eclesiástico.
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O elenco de “Conclave” tem ainda Stanley Tucci (“Um Olhar do Paraíso”), Isabella Rossellini (“Veludo Azul”), John Lithgow (“Dexter”) e Sergio Castellito (“Não se Mova”).
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“Conclave” é um dos candidatos a Melhor Filme na 97ª edição do Oscar, cuja cerimônia acontece no dia 2 de março, no Dolby Theatre, em Los Angeles, na Califórnia.
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Ele concorre na mesma categoria em que está “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles. O filme brasileiro também foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro.
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O filme concorre ainda nas categorias Roteiro Adaptado, Figurino, Trilha Sonora, Direção de Arte, Montagem, Melhor Ator (Ralph Fiennes) e Melhor Atriz Coadjuvante (Isabella Rossellini).
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Ele ocorre quando um papa morre - como na sucessão de João Paulo II para Bento XVI - ou renúncia - a exemplo da última mudança, com Bento XVI dando lugar a Francisco.
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A palavra Conclave vem do latim “cum clavis”, que significa “fechado à chave”, o que dá a medida do sigilo com que é tratado o processo.
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Os cardeais entram em conclave entre no mínimo 15 e no máximo 20 dias após a morte ou renúncia do Papa.
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A eleição acontece dentro da Capela Sistina, localizada no Palácio Apostólico, a residência oficial do Papa, no Vaticano.
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As regras vigentes no conclave, como a composição do colégio eleitoral, foram definidas durante o pontificado de Paulo VI, em 21 de novembro de 1970.
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O número máximo de cardeais participantes do processo é 120, com idade máxima de 80 anos, e todos juram segredo sobre o processo.
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Os cardeais devem escrever o nome do seu candidato em uma cédula e depositá-la na urna. Após o processo, as cédulas são queimadas.
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Ao fim da votação, os cardeais despejam um produto químico na fumaça que sai da chaminé da capela. Caso seja preta, a votação segue. Se ela for branca, signfica que o novo Papa já foi escolhido.
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Cabe ao protodiácono fazer o anúncio oficial na sacada da basílica de São Pedro. Ele solta a famosa expressão “Habemus Papam!” (“Temos um Papa”).
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O primeiro dia de conclave começa com uma votação realizada entre os cardeais presentes, que indicam seus candidatos em uma cédula de papel. Caso um cardeal não obtenha o número de votos necessário, uma nova votação acontece no segundo dia.
A partir daí, podem acontecer até quatro eleições nos próximos três dias seguintes – duas pela manhã e duas à tarde. Se ainda assim não houver um eleito, há uma pausa de um dia, para que os cardeais façam orações para que Deus guie a escolha do novo papa.
Após a retomada do processo, podem acontecer mais sete votações, com direito a pausas até três vezes, para mais orações – caso um novo nome não seja escolhido. Em casos de discordância, os dois nomes mais votados vão para uma disputa direta.
Após cada votação, os votos são queimados e depositados em uma chaminé da Capela Sistina, para comunicar o resultado do pleito. Caso a fumaça saia preta, quer dizer que ainda não há um eleito. No entanto, quando a fumaça é branca, há festa na Igreja – o novo papa foi escolhido.