Internacional

Província argentina tem greve de 24 horas contra incentivo à importação de celulares

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Milhares de manifestantes protestam, nesta quarta-feira (21), na Terra do Fogo, durante uma greve geral contra a redução de impostos para a importação de celulares impulsionada pelo presidente Javier Milei, medida que ameaça a indústria eletrônica desta província do extremo sul da Argentina, beneficiada por isenções fiscais.

Os principais sindicatos reunidos na Confederação Geral de Trabalhadores (CGT), juntamente com outros que aderem à mobilização, protagonizam manifestações nas ruas das cidades de Ushuaia e Rio Grande, contra o que consideram um ataque ao modo de vida da população local.

A marcha em Ushuaia, a capital provincial apelidada de "a cidade do fim do mundo", contornou o canal Beagle até o centro.

"Estamos lutando por nossas fontes de trabalho. Somos muitas famílias que dependem desta atividade. Tomara que as autoridades possam entender isso", disse à AFP Paula Mayor, operária da NewSan, uma das principais fabricantes de eletrodomésticos e celulares do país.

As fábricas locais empregam atualmente cerca de 8.500 trabalhadores dedicados principalmente à fabricação de produtos eletrônicos. Porém, o governo de Milei determinou na semana ada, por meio de um decreto, uma redução gradual dos impostos para a importação de celulares, a fim de fomentar preços mais competitivos.

O decreto estipula a diminuição de tarifas de 16% para 8% na primeira fase e então para zero a partir de janeiro de 2026.

Funcionários e sindicatos da Terra do Fogo acreditam que esse incentivo à importação os tornará menos competitivos e isso resultará em milhares de demissões.

"É um novo capítulo do esvaziamento planejado da Terra do Fogo e uma sentença de morte para nossa indústria", afirma Horacio Catena, secretário-geral do sindicato educativo que também aderiu ao protesto.

A greve afeta a atividade produtiva e comercial, enquanto  escritórios governamentais e municipais, hospitais, instituições de ensino e o transporte funcionam com restrições.

Por sua vez, o grupo Mirgor, um dos principais fabricantes da região, emitiu um comunicado onde assegura que os "postos de trabalho não estão em perigo" e que essa indústria se adaptará às novas regras oficiais.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirma que "na Argentina, um celular com tecnologia 5G custa o dobro do que custa no Brasil ou nos Estados Unidos", e que com a importação os preços podem cair até 30%, além de reduzir o custo fiscal da indústria promovida pela falta de arrecadação de impostos.

str/lm/dga/ic/am

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