Dupla comemoração exibiu melhores curtas de festival global
Evento também contou com debate realizado pela São Paulo São com os vereadores da Frente Parlamentar de Direito à Cidade Sustentável da Câmara Municipal de São Paulo, Nabil Bonduki, Renata Falzoni e Marina Bragante
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Siga noA marca São Paulo São e o Festival MegaCities ShortDocs celebraram uma década de sua criação, promovendo um encontro no Museu de Imagem e do Som (M.I.S.) em São Paulo, no último sábado (17), com a exibição dos melhores curtas-metragens nacionais e internacionais da década no concurso e que enfrentam desafios urbanos nas grandes cidades.
Reunindo curtas documentais que destacam iniciativas de enfrentamento da crise climática global e dos desafios urbanos e sociais de grandes metrópoles mundiais, o festival foi criado em Paris, em 2015, pela ONG Métropole du Grand Paris. Ele chegou ao Brasil em 2022, trazido por Mauricio Machado, da São Paulo São, marca que também está comemorando uma década de conexões, criatividade e projetos que visam um futuro urbano mais amistoso, humano e sustentável.
“Vivemos um momento crucial, que nos provoca a pensar propostas e iniciativas que traduzam a essência e a potência de nossas cidades e façam diferença no dia a dia das pessoas. E, diante da urgência climática e até da insensibilidade de parte dos gestores e governantes, hoje veremos soluções em curtas-metragens inspiradores, mostrando ações de transformação e reflexão em diversas áreas urbanas do mundo que podem provocar mudanças”, disse Machado, na apresentação da sessão especial dos filmes.
Foram exibidos os dez melhores filmes de até quatro minutos da primeira década do MegaCities ShortDocs. Entre os curtas nacionais, estavam “O Plantador” (SP), de Rafael Machado, sobre um morador da Zona Leste que plantou, sozinho, milhares de árvores no Parque Tiquatira, recuperando o espaço urbano e deixando um legado para as futuras gerações. “Lavando Almas” (SP), de Rafael Machado dos Santos e Luis Guilherme Chagas, apresenta o projeto Banho Solidário Sampa, que oferece dignidade a pessoas em situação de rua em São Paulo. Outro destaque foi “Morro do Fubá” (RJ), de Dandara Pires e Jonathan Roditi (ONG La Colline Du Mais), que acompanha ações de um grupo crianças, para criar um espaço de convívio em uma área dominada pela milícia no Rio de Janeiro.
O público também acompanhou histórias internacionais, que mostram a complexidade e a universalidade dos desafios urbanos, como em “Eu sou assim” (França), de Clarisse Girardet, Ugo Dirrig, Michel Roullier, Mathis Faudrit, Mathieu Delvalet, que revela a precariedade do trabalho de um entregador, imigrante em Paris, que vive com medo constante pela sua situação irregular. Já “Os Mexilhões Atlantis” (Indonésia), de Rachmat Kurniawan Idrus e Azyd Aqsha Madami, apresenta uma comunidade costeira em Jacarta, que usa conchas e entulho para elevar suas casas e evitar os frequentes alagamentos.
Também foram exibidos “Debaixo da ponte” (Brasil – SP), de Felipe Moraes; “Eles não precisam saber” (Indonésia), de Yogi Tujuliarto; Lixo no Lixo (Brasil – RJ), de Haroldo Cesar de Castro Silva e Yara Leitão; “Progresso de Quem" />