
Dono de loja é detido sob suspeita de inflar número de armas levadas por ladrões em furto no DF
Segundo a PCDF, empresário também fazia vendas irregulares de armas, e usou o furto para incluir armamento comercializado de maneira ilegal no arsenal roubado
compartilhe
Siga noSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na manhã desta segunda-feira (19) o dono de uma loja de armas sob suspeita de inflar o número de armamentos furtados de seu estabelecimento, em junho.
Segundo a investigação, o empresário também fazia vendas irregulares de armas, e aproveitou o furto para incluir o armamento comercializado de maneira ilegal no arsenal que foi efetivamente levado pelos criminosos.
Siga o nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
Além dele, foram presos outros quatros suspeitos de serem membros de uma quadrilha responsável pelo furto das armas, em Ceilândia. As prisões ocorreram em operação da polícia.
05/08/2024 - 08:29 Vídeo: intenso tiroteio volta a preocupar moradores de comunidades do Rio 06/08/2024 - 10:16 Agente da GCM movimentou R$ 4 milhões em esquema de milícia na cracolândia, diz Promotoria 17/08/2024 - 19:02 Você não vai acreditar no que a PRF encontrou no Rio
As investigações começaram após furto em uma loja especializada na venda de armas de fogo nos dias 8 e 9 de junho deste ano. A polícia descobriu que os suspeitos iniciaram os preparativos para o crime em maio.
O grupo, composto por pelo menos quatro pessoas, usou documentos falsos para alugar um imóvel ao lado da loja de armas. Os criminosos abriram buracos nas paredes para entrar no local e furtar o arsenal.
O empresário, segundo a investigação, afirmou à Polícia Civil o desaparecimento de 76 armas de fogo. No entanto, as investigações revelaram que o proprietário do estabelecimento tentou manipular o curso das apurações, registrando um número falso de armas supostamente subtraídas.
"A fraude processual foi identificada e, mesmo com a tentativa de engano, a polícia confirmou que o furto de armas ocorreu, ainda que em menor escala do que o relatado", afirmou a polícia do Distrito Federal.
De acordo com as investigações, ele já havia vendido armas de maneira ilícita antes do furto e depois aproveitou para incluí-las entre as que foram levadas.
Não foi informado quantas armas foram furtadas efetivamente e quantas foram vendidas de forma ilegal.
A operação, batizada de Illusion, cumpre 12 mandados de busca e apreensão. Até o momento, quatro pessoas, sendo três homens e uma mulher, foram presos, acusados de envolvimento no arrombamento e no furto. Além disso, o proprietário da loja foi detido por fraude processual e por envolvimento no comércio irregular de armas de fogo.
Armas de fogo, munições e órios em posse do empresário foram apreendidos para evitar que fossem comercializados ilegalmente.
"A investigação segue em andamento e, até o momento, não foram identificados vínculos entre os criminosos que realizaram o furto e o empresário", destacou a polícia.
Os investigados responderão por crimes de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, furto qualificado, comércio ilegal de armas de fogo e associação criminosa. As penas previstas variam de 1 a 12 anos de reclusão.