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LITERATURA

BookTok: Machado de Assis viraliza na gringa e fica entre os mais vendidos

Influenciadora americana viraliza ao dizer que 'Memórias Póstumas de Brás Cubas' foi um dos melhores livros já escritos

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“BookTok” é o termo utilizado para os influenciadores digitais que indicam livros através do TikTok. Espalhados pelo mundo inteiro, a comunidade literária das redes sociais vem ajudando a aumentar as vendas de livros e contribuindo para os grupos editoriais.

Entre as obras “queridinhas” mais indicadas na plataforma, estão “Tudo é rio”, da escritora mineira Carla Madeira, “É assim que acaba”, de Colleen Hoover, e “Os sete maridos de Evelyn Hugo”, de Taylor Jenkins Reed. Mas, nesse fim de semana, viralizou o vídeo da leitora e influenciadora americana Courtney Henning Novak encantada com o livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis.

Com o desafio de ler um livro de cada país em ordem alfabética, Courtney compartilhou no vídeo que “Memórias Póstumas de Brás Cubas” foi um dos melhores livros que já leu e que despertou a vontade de aprender português

“Eu preciso ter uma conversinha com o pessoal no Brasil. Eu tenho três grandes problemas com esse livro. Primeiro, a minha edição só tem 300 páginas. Só faltam 100 páginas para mim, e se eu for muito cuidadosa elas vão durar até o fim de semana. E aí o quê? O que eu deveria fazer com o resto da minha vida? Eu não consigo nem imaginar o quão bom isso é em português. Então agora, no meio do meu projeto de ler ao redor do mundo, eu tenho outra tarefa que é aprender português”, falou a influenciadora.

Após o vídeo viralizar, a obra ficou em segundo na lista de mais vendidos da Amazon, superando a tradução das obras de Gabriel García Márquez e Jorge Luis Borges na categoria literatura latino-americana e caribenha.

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Escrita pelo carioca Machado de Assis, em 1880, a obra é narrada em primeira pessoa pelo Brás Cubas, narrador-personagem, que conta sua história de vida a partir das memórias – póstumas. Ou seja, quando já morto ele relembra aquilo que viveu.

“Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, — algumas vezes gemendo, — mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um — ‘ai, nhonhô!’ — ao que eu retorquia: — ‘Cala a boca, besta!’”

(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)

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