
Influencer de direita é atacado por comemorar ‘Ainda Estou Aqui’ no Oscar
Peter Jorden comemorou indicações do filme sobre o período da ditura militar brasileira e se tornou alvo de críticas nas redes sociais
compartilhe
Siga noO influenciador de direita Peter Jordan se tornou alvo de críticas ao comemorar a indicação de "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, ao Oscar. "O Brasil em peso no Oscar!! Bora levar tudo!!", escreveu o influencer em suas redes sociais, nessa quinta-feira (23/1).
O filme sobre o período da ditadura militar brasileira (1964-1985) vai disputar três categorias da premiação: melhor filme, melhor filme estrangeiro e melhor atriz, pela atuação de Fernanda Torres.
- Lula parabeniza Fernanda Torres e ‘Ainda estou aqui’: 'Podem pedir música"
- Deputado do Psol vai citar ‘Ainda estou aqui’ para disputar Presidência da Câmara
Em suas redes sociais, Jordan saiu em defesa do filme, ressaltando que a obra cinematográfica não é financiada pela Lei Rouanet. Publicações falsas nas redes sociais alegavam que o filme teria recebido recursos da lei federal de incentivo a cultura.
"Mesmo se fosse, de todos os problemas que causam a pobreza no Brasil, que prejudica o trabalhador, você acha mesmo que a Lei Rouanet é a pior coisa que tem?", questionou o influenciador.
-
23/01/2025 - 15:23 Oscar 2025: Saiba por que 'Ainda estou aqui' fez história, mesmo sem ganhar -
23/01/2025 - 22:53 Fernanda Torres bate 4 milhões de seguidores após indicação ao Oscar -
23/01/2025 - 23:12 Brasileiros expressam orgulho após indicações de 'Ainda Estou Aqui' ao Oscar
Jordan também comentou sobre a acusação de um internauta que disse que as indicações teriam sido "compradas". "Ah sim, tão comprado que rendeu só 3 indicações na premiação toda! Se é comprado mesmo, pq não meteu logo 13 indicações que nem foi com Emília Perez? Itaú deu mole demais aí hein", disparou.
Ah sim, tão comprado que rendeu só 3 indicações na premiação toda! Se é comprado mesmo, pq não meteu logo 13 indicações que nem foi com Emília Perez? Itaú deu mole demais aí hein pic.twitter.com/GNRthihpcR
— Peter (@peterjordan100) January 24, 2025
Em outra publicação, Peter respondeu a um usuário que relacionou o período da ditadura militar aos presos pelos atos de 8 de janeiro. "É moralmente contraditório eu apoiar um filme sobre a ditadura militar que acabou há 40 anos, enquanto temos mais de 1000 presos políticas aqui hoje em dia", disse.
"Acho que ele tá se referindo ao pessoal que invadiu o Planalto lá em 2023, né? Questionar o nível da punição que o pessoal recebeu é um direito seu! Agora você vir comparar com o que o filme está retratando? Assassinato, sequestro, uma família afetada por uma perda terrível, buscando por algum tipo de justiça... pense bem! Faz sentido?", questionou Jordan ao replicar a resposta do usuário.
Acho que ele tá se referindo ao pessoal que invadiu o Planalto lá em 2023, né? Questionar o nível da punição que o pessoal recebeu é um direito seu!
— Peter (@peterjordan100) January 24, 2025
Agora você vir comparar com o que o filme está retratando? Assassinato, sequestro, uma família afetada por uma perda terrível,… pic.twitter.com/s1W9B1RFu9
Peter ainda disse que os críticos à sua comemoração não entendiam o quão significativa a premiação pode ser para o cinema brasileiro. Além disso, afirmou "arte não é vagabundagem", mas sim representação da nossa cultura. "É como o mundo lá fora vai nos enxergar. É uma forma de enriquecer o país de várias formas diferentes!", disse.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
O influenciador ainda disse que o filme não conta mentiras ou contém "lacração". "Novamente, o problema não é o filme ser ideológico (todo filme é), mas sim ele tender pra um lado que você não gosta. Se fosse um filme falando que o cristianismo é irado, e que ser cristão é a salvação pra todos os problemas, você não estaria criticando", opinou.