NOVO PAC

PAC em Minas: apenas 537 intervenções concluídas em mais de 2 mil previstas

Dos R$ 90,3 bilhões estimados para Minas, R$ 54,2 bilhões foram aplicados até dezembro de 2024

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O governo federal divulgou nesta semana um balanço dos investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que prevê a aplicação de recursos até o fim de 2026. Embora Minas Gerais já tenha executado 60,1% do total prometido, o estado continua atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro em volume de investimentos efetivamente realizados.

Dos R$ 90,3 bilhões estimados para Minas no período, R$ 54,2 bilhões foram aplicados até dezembro de 2024, segundo levantamento da Casa Civil. O percentual de execução é relativamente alto, mas, em termos absolutos, o estado mineiro recebe menos recursos do que seus vizinhos do Sudeste.

Em São Paulo, por exemplo, R$ 97,2 bilhões já foram investidos – 64,8% do do total prometido. No Rio de Janeiro, mesmo com o menor percentual de execução entre os três estados (38,1%), o valor aplicado alcança R$ 122,8 bilhões, mais que o dobro do destinado a Minas até o momento.

Além de ficar atrás em volume de recursos efetivamente recebidos, Minas também enfrenta entraves na entrega dos empreendimentos. Das mais de 2 mil intervenções previstas no estado, entre obras e serviços, apenas 537 foram concluídas até o fim de 2024, conforme o relatório. Embora o número absoluto de entregas seja o maior entre os estados do país, ele esconde a parcela significativa dos empreendimentos que permanecem em fase de planejamento, licitação ou execução.

Conforme os números, 456 obras estão em andamento, 240 estão em processo de licitação ou leilão, e outras 996 se encontram na etapa preparatória, que envolve a contratação de empresas, elaboração de projetos de engenharia e obtenção de licenças ambientais. Atualmente, Minas Gerais possui 2.229 empreendimentos listados no programa.


Entre os itens já entregues estão veículos para transporte escolar, unidades do Samu, quadras esportivas, obras em escolas e universidades, melhorias em aeroportos, como os de Divinópolis e Governador Valadares, além de investimentos na construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em rodovias.

BH

Em Belo Horizonte os números revelam um cenário de execução ainda tímido. Dos 44 empreendimentos previstos para a capital mineira, apenas sete foram concluídos até o fim de 2024. Outros 11 estão em execução, enquanto 21 permanecem na fase preparatória e cinco estão em licitação ou leilão.

A maioria das iniciativas envolve obras de menor porte, como contenções de encostas em áreas de risco, ações de saneamento integrado e prevenção a desastres, intervenções consideradas simples, mas essenciais para a população.

No conjunto dos empreendimentos previstos, os investimentos incluem obras de abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos, habitação popular, mobilidade urbana, urbanização de favelas, prevenção a desastres, educação básica, saúde pública e infraestrutura social, entre outros.

Segundo a Casa Civil, outros R$ 44,2 bilhões estão projetados para serem investidos após 2026, elevando para R$ 134,5 bilhões o volume total de ações voltadas para o estado. Na área de habitação, o programa prevê 130.493 unidades do Minha Casa, Minha Vida destinadas ao estado, em diferentes estágios de desenvolvimento.

 

Cenário nacional

No cenário nacional, o Novo PAC também apresenta uma grande diferença entre o volume de recursos investidos e a conclusão dos empreendimentos. Até o fim de 2024, o programa já havia executado R$ 711 bilhões em investimentos, o que representa 53,7% do total de R$ 1,3 trilhão prometido até 2026. O percentual contrasta com o baixo número de entregas finalizadas.

Do total de mais de 23 mil empreendimentos listados na carteira do programa, apenas 3.816 haviam sido concluídos até dezembro de 2024, o que equivale a apenas 16,6% do total. A maioria das obras e serviços previstos ainda está em fases preliminares: 5.178 (22,4%) estão em execução, 2.836 (12,3%) am por licitação ou leilão, e quase metade - 11.181 empreendimentos, ou 48,6% - permanece na etapa preparatória, que inclui elaboração de projetos, obtenção de licenças e contratação de empresas.

Ao divulgar o balanço das entregas, o secretário especial do Novo PAC na Casa Civil, Maurício Muniz, reconheceu que os empreendimentos enfrentam entraves locais que dificultam sua execução. Segundo ele, a maior parte das iniciativas é viabilizada com recursos federais, mas depende da articulação direta com estados e municípios para avançar.

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“Estamos em diálogo constante com os estados e municípios para que estes empreendimentos – realizados com recursos federais, mas com gestão local – ganhem mais agilidade em sua execução. Para tanto, é importante o diálogo, principalmente, com as prefeituras e governos estaduais para que os empreendimentos avancem e sejam entregues”, afirmou.

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