TENSÃO

Em conturbado depoimento, Moraes ameaça prender Aldo Rebelo por desacato

Confusão começou após ex-ministro fazer comentários sobre a língua portuguesa e o uso de uma 'força de expressão'

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou nesta sexta-feira (23/5) prender Aldo Rebelo por desacato durante depoimento do ex-ministro da Defesa como testemunha do processo pela trama golpista.

"Se o senhor não se comportar, vai ser preso por desacato", disse Moraes depois de pedir que Aldo fosse objetivo nas respostas. O ex-ministro afirmou, na sequência, que "não ito censura". "Estou me comportando", respondeu.

 


O imbróglio surgiu após Aldo fazer comentários sobre a língua portuguesa para questionar a intenção do ex-chefe da Marinha Almir Garnier Santos ao dizer, segundo testemunhas, que teria colocado tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe de 2022.

"Na língua portuguesa, nós conhecemos aquilo que se usa muitas vezes como a força da expressão. Ela nunca pode ser tomada literalmente. Quando alguém diz que está frito, não significa que esteja dentro da frigideira. Ou que está apertado, não significa que esteja sendo submetido a um tipo de pressão literal", disse Aldo.

O ex-ministro disse que, com essa premissa, a suposta fala de Garnier sobre dar apoio armado aos planos de manter Bolsonaro no poder não poderia ser entendida de forma literal.

Moraes interveio. Ele disse que Aldo não estava na reunião em que Garnier teria declarado anuência a um golpe de Estado e, por isso, não poderia dar declarações sobre fatos que não testemunhou.

"A minha apreciação da língua portuguesa é minha e não ito censura", respondeu o ex-ministro. O ministro do Supremo, em seguida, fez o comunicado sobre a possível prisão por desacato.

O depoimento de Aldo Rebelo foi o mais conturbado da sequência de audiências do processo, iniciada nessa segunda-feira (19/05).

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Réus do núcleo central da trama golpista

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-chefe da Abin
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa

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