O homem que ameaçou de estupro e morte as deputadas estaduais Beatriz Cerqueira (PT), Bella Gonçalves (Psol) e Lohanna França (PV) foi condenado por crimes cibernéticos, incluindo ameaças, a 12 anos e nove meses de prisão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.

A investigação realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) apontou que o homem, preso em maio de 2024, utilizava diversos perfis falsos para praticar crimes, incluindo veiculação de simbologia nazista, corrupção de menores, entre outros.

Beatriz Cerqueira afirmou que há responsabilidade dos parlamentares ligados à extrema-direita na propagação da misoginia e violência política. "Eu sou objeto de de atenção em quantos perfis de homens que estão na política. Eles me colocam no perfil deles para angariar esse ódio às mulheres. Então, falta que dentro do parlamento exista um limite bem claro do que não se pode fazer. O ódio à mulher não é um direito de opinião do parlamentar que precisa estar protegido por imunidade", declarou. 

Após a ação, chamada de Operação Di@na, o homem foi trazido a Minas de avião para ser levado à Penitenciária José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

O homem fazia parte de fóruns de internet,  denominados "chans". Neste ambiente virtual, os  grupos planejavam e executavam ameaças, publicavam mensagens de violência contra mulheres, pornografia infantil e outras.

Foram recolhidos computadores e celulares na casa do homem e de outros investigados, entre eles o líder do grupo, que utilizava os apelidos "Leon" e "Grow".

compartilhe