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Pela primeira vez, OMS detecta vírus da gripe aviária em leite cru

A Organização Mundial de Saúde divulgou um comunicado na quinta (18) em que mostrou 'enorme preocupação' quanto à transmissão da gripe aviária ao ser humano

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Pela primeira vez, a Organização Mundial de Saúde (OMS) detectou, em grande quantidade, a presença do vírus H5N1, da gripe aviária no leite cru. No entanto, os pesquisadores não souberam dizer por quanto tempo a cepa sobrevive no alimento.

Na última quinta-feira (18), a OMS expressou  "enorme preocupação" com a crescente propagação da cepa H5N1 da gripe aviária para outras espécies, incluindo o ser humano. "Isto continua sendo, acredito, uma enorme preocupação", declarou Jeremy Farrar, diretor científico da agência de saúde da ONU, em uma entrevista coletiva em Genebra. 

A principal inquietação da OMS  é que o vírus H5N1, que tem "uma taxa de mortalidade extraordinariamente elevada" entre as pessoas infectadas por contato com animais, está se adaptando para a transmissão entre humanos.

Leia: O que é gripe aviária, detectada em aves e suspeita em um homem no Brasil

No caso do leite, como a bebida é pasteurizada antes de entrar no mercado, ainda não há risco de contaminação em massa.

De acordo com o jornal britânico Daily Mail, os pesquisadores descobriram que a transmissão de ave para vaca, de vaca para vaca e de vaca para ave também foi registrada durante os surtos atuais.

Registro da gripe aviária em 23 países

De 2003 até abril de 2024, a Organização Mundial da Saúde registrou 889 casos de gripe aviária em humanos de 23 países e 463 mortes. A taxa de letalidade é de 52%.

Atualmente, não há caso registrado de transmissão do H5N1 entre humanos.

Leia: Não há casos de H5N1 em humanos no Brasil

Segundo o cientista da OMS, a cepa A (H5N1) virou uma "pandemia zoonótica animal global".

Para Farrar, a "grande preocupação é que, ao infectar patos e galinhas, e cada vez mais mamíferos, este vírus evolua" e depois desenvolva a "capacidade de ar de humano para humano".

Um caso que gerou preocupação foi o anúncio no início de abril da detecção de um caso de gripe aviária em uma pessoa infectada por uma vaca leiteira no Texas, Estados Unidos. 

Aproximando dos humanos

"Quando chega à população de mamíferos, está se aproximando dos humanos", disse Farrar. "É realmente preocupante."

O diretor da divisão científica da ONU pediu o reforço da vigilância e dos registros. Ele explicou que é muito importante saber quantas infecções acontecem entre humanos, pois é neste espaço que pode acontecer uma adaptação do vírus. 

"É uma coisa trágica de dizer, mas se eu for infectado com H5N1 e morrer, este é o fim do caso. Se eu circular pela comunidade e infectar outra pessoa, então começa o ciclo", destacou. 

Farrar mencionou esforços para desenvolver vacinas e tratamentos contra o H5N1 e ressaltou a necessidade de garantir que as autoridades de saúde regionais e nacionais de todo o mundo tenham a capacidade de fazer o diagnóstico (com Estado de Minas).

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