Sedentarismo cresce e pode causar 500 milhões de casos de doenças até 2030
Brasil é o país mais sedentário da América Latina e registra cerca de 300 mil mortes anuais ligadas ao sedentarismo
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Siga noO sedentarismo é um dos maiores desafios de saúde pública mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2020 e 2030, quase 500 milhões de pessoas poderão desenvolver doenças cardíacas, obesidade e outras condições devido à inatividade física.
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O clínico geral do Hospital Semper, Maxlânio Azevedo Borges, alerta que a falta de atividade física pode levar ao ganho de peso, perda de massa muscular, redução da densidade óssea, piora da circulação e ao desenvolvimento de doenças como hipertensão, infarto, AVC, diabetes tipo 2, obesidade e osteoporose.
Além disso, de acordo com ele, a inatividade prejudica o equilíbrio dos neurotransmissores, aumentando os riscos de ansiedade e depressão. “A prática regular de exercícios melhora a circulação, fortalece músculos e ossos e contribui para o bem-estar mental, sendo essencial para a saúde geral”, afirma.
Além de afetar a saúde geral, o clínico explica que o sedentarismo também prejudica a pele ao comprometer a circulação sanguínea, dificultando a oxigenação dos tecidos e levando à opacidade e ressecamento da pele.
“O aumento do estresse oxidativo reduz antioxidantes naturais, acelerando o envelhecimento, rugas e flacidez. Além disso, a inatividade favorece a acne pelo impacto hormonal, causa retenção de líquidos e inchaço ao afetar o sistema linfático e pode agravar doenças inflamatórias como psoríase e dermatite atópica. A prática regular de exercícios melhora a oxigenação, estimula o colágeno e reduz o estresse, contribuindo para uma pele mais saudável”, acrescenta.
Sinais de sedentarismo
Segundo o médico, os sinais mais comuns do sedentarismo incluem fadiga constante, falta de disposição, dores musculares e articulares, ganho de peso sem alterações na alimentação, insônia, irritabilidade, dificuldades de concentração e memória. Além disso, a falta de exercícios pode também aumentar o estresse e agravar sintomas de ansiedade e depressão, devido à diminuição na liberação de neurotransmissores benéficos.
Como adotar um estilo de vida mais ativo?
O clínico geral do Hospital Semper destaca que, segundo a OMS, para ser considerado ativo, um adulto deve praticar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana. As atividades moderadas incluem caminhada, corrida leve e musculação, enquanto as intensas envolvem esportes, natação e exercícios de alto desempenho.
No entanto, Maxlânio alerta que, mesmo com a prática regular de exercícios, o sedentarismo pode afetar a saúde de pessoas que trabalham ou am por longos períodos/jornadas sentadas, deitadas, em frente aos monitores ou em confinamento.
Ele reforça que pequenas mudanças, como optar pelas escadas, caminhar mais no dia a dia, fazer pausas ativas no trabalho e escolher atividades físicas prazerosas, podem fazer a diferença. “Usar aplicativos para monitorar os os e estabelecer metas pequenas também ajuda. Manter um estilo de vida ativo não significa ar horas na academia, mas sim incorporar exercícios regulares para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida”, conclui.