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Hipertensão arterial: cresce número de brasileiros jovens com pressão alta

A enfermidade pode ser primária, quando não tem causa aparente, que corresponde a maioria dos casos; ou secundária, quando existe um fator médico subjacente

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Estudo do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), do Ministério da Saúde, mostra que pessoas a partir dos 60 anos estão mais propensas a sofrer  de hipertensão arterial. De acordo com os últimos dados sobre o assunto,  2023 foi o ano com maior prevalência da doença em jovens (18 a 24 anos) de toda a série histórica do estudo.

A hipertensão
é uma doença silenciosa, muitas vezes sem sintomas, mas que pode levar a complicações graves, como infarto, AVC e insuficiência renal. A enfermidade pode ser primária, quando não tem causa aparente, que corresponde a maioria dos casos; ou secundária, quando existe um fator médico subjacente.

Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgados em 2023, estimam que cerca de 30% dos brasileiros adultos sejam hipertensos. Esse é o maior percentual da população com pressão alta desde o início da série histórica, em 2006. O levantamento aponta também que, nas capitais brasileiras, a prevalência do diagnóstico é das mulheres, com 29,3%. Já os homens representam 26,4% dos diagnósticos.

“Em pacientes jovens sempre investigamos hipertensão secundária, pois o mais esperado é que a hipertensão primária surja a partir dos 40 anos. No entanto, má alimentação, sedentarismo, obesidade, estresse, uso de bebidas alcoólicas, tabaco, drogas ilícitas e esteroides anabolizantes têm tornado mais frequente o aparecimento de hipertensão primária em jovens”, explica Luciana Neiva, cardiologista do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, marca Dasa em Minas Gerais. 

Entre as medidas indicadas para o combate à hipertensão arterial, a prevenção continua em destaque. “Ela envolve um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, atividade física regular e boa qualidade de sono. É necessário evitar tabagismo, uso de drogas e álcool, além do estresse recorrente. As medidas valem principalmente para os pacientes com histórico familiar, que ainda devem realizar uma busca ativa com acompanhamento médico e aferições da pressão arterial”, ressalta a especialista. 

Diante de uma doença tão prevalente e potencialmente tratável, é importante a atenção para o diagnóstico precoce, evitando as complicações de uma pressão elevada a longo prazo. Como é assintomática, na maioria dos casos, a aferição eventual da pressão arterial é imprescindível para levantar a suspeita clínica e prosseguir com investigação caso necessário.  

Ainda quanto ao diagnóstico, a cardiologista Luciana Neiva enfatiza a necessidade da realização de exame específico para confirmação da doença. “A suspeita inicial ocorre a partir de uma medida elevada da pressão arterial (maior que 140x90mmHg). É necessário ter pelo menos duas ou três medidas alteradas em dias diferentes e fora do ambiente de consultório. O MAPA é uma importante ferramenta para confirmar o diagnóstico, pois avalia as médias da pressão arterial durante 24h”, explica. 

Mitos sobre a hipertensão arterial 

1. "Hipertensão só afeta pessoas idosas." 

Mito. A hipertensão pode atingir pessoas de todas as idades, inclusive jovens e crianças, especialmente quando há fatores genéticos, obesidade ou sedentarismo envolvidos. 

 2. "Se eu não tiver sintomas, minha pressão está normal."? 

Mito. A hipertensão é conhecida como "assassina silenciosa", porque muitas vezes não apresenta sintomas, mesmo quando está muito alta. 

3. "É só cortar o sal que a pressão volta ao normal." 

Mito. Reduzir o sal ajuda, mas o tratamento da hipertensão inclui mudanças no estilo de vida, controle de peso corporal, exercícios físicos regulares e, muitas vezes, uso de medicamentos específicos, sempre com prescrição e orientação médica. 

4. "Remédio para pressão alta vicia." 

Mito. Antihipertensivos não causam vício. O uso contínuo é necessário porque a condição é crônica, não por dependência. 

5. "Se eu me sentir bem, posso parar de tomar os remédios."? 

Mito. Sentir-se bem não significa que a pressão está controlada. Parar o tratamento sem orientação médica pode ser perigoso. 

Verdades sobre a hipertensão arterial 

1. "Hipertensão é uma doença crônica que precisa de acompanhamento contínuo." 

Verdade. A condição geralmente não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado. 

2. "A hipertensão aumenta o risco de infarto, AVC e problemas renais.

Verdade. A pressão alta afeta os vasos sanguíneos e pode causar complicações sérias se não for tratada. 

3. "Alimentação saudável e exercícios ajudam no controle da pressão." 

Verdade. Dietas como a DASH, redução do consumo de sal e atividade física regular são aliados poderosos no controle da hipertensão. 

4. "Histórico familiar pode influenciar no risco de desenvolver hipertensão." 

Verdade. A genética é um dos fatores de risco, por isso é importante monitorar a pressão se há casos na família. 

5. "Controle do estresse é importante para manter a pressão estável." 

Verdade. O estresse frequente pode contribuir para a elevação da pressão arterial, por isso técnicas de relaxamento também são recomendadas.

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