SINTOMAS NEUROLÓGICOS

Esquecimento rotineiro e dor de cabeça persistente são alertas para câncer

Cerca de 11 mil pessoas por ano, no Brasil, irão descobrir câncer no cérebro, segundo Inca

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Comumente negligenciados, sintomas neurológicos como esquecimento rotineiro, dor de cabeça persistente, alterações de humor ou comportamento, crises convulsivas ou déficits como dificuldade de movimento e dormências pelo corpo, podem ser sinal de uma doença grave, o câncer cerebral, que neste mês ganha os holofotes na campanha Maio Cinza. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que cerca de 11 mil pessoas por ano, no Brasil, irão descobrir a enfermidade.

A oncologista Daniella Pimenta explica que assim como outras neoplasias, os tumores de cérebro também se desenvolvem a partir da multiplicação desordenada e anormal de células – na região, as células afetadas pertencem ao Sistema Nervoso Central. “Entre os tumores que se originam no próprio cérebro, estão os gliomas, que podem ser de baixo ou alto grau, linfomas primários e outros. Os de mais baixo grau, tendem a ser indolentes e crescem mais devagar; já os de alto grau avançam com rapidez, demandam abordagens complexas e, consequentemente, um tratamento mais agressivo”, explica a médica que é especialista em neuro-oncologia. “Nesses casos, a sobrevida do paciente, infelizmente, tende a ser mais curta, no entanto, podemos fazer diversas abordagens para ajudar a prolongar o tempo com o foco principal na qualidade de vida!”

Ainda segundo Pimenta, que faz parte da equipe médica da Cetus Oncologia, clínica especializada em tratamentos oncológicos com unidades em Belo Horizonte, Betim e Contagem, a doença pode estar, algumas vezes, ligada a fatores genéticos, logo pessoas com casos na família ou com síndromes de predisposição hereditária, são mais suscetíveis. “A investigação de uma suspeita [de câncer de cérebro] se dá por meio, principalmente, dos exames de imagem. Já o diagnóstico definitivo é feito através de biópsia e algumas análises moleculares. Na maioria das vezes o paciente é submetido a uma neurocirurgia para tentar retirar a lesão ou a maior parte dela – a depender da localização e condições clínicas”.

Daniella também explica que, de forma geral, os cânceres de cérebro não espalham para outros órgãos. Eles têm um crescimento mais local, configurando-se como tumores infiltrativos, ou seja, comprometem, principalmente, áreas próximas. As metástases ocorrem em casos mais específicos, mas ainda assim, em sua maioria, na região cerebral ou Sistema Nervoso Central que também engloba a medula espinhal.

Apesar de serem tumores raros, a boa notícia é que os cânceres de cérebro são tratáveis. Por isso, segundo a oncologista da Cetus, é fundamental procurar especialistas atualizados na área, capazes de prescreverem um tratamento mais adequado e darem o melhor e para o paciente. “Atualmente tratamentos inovadores, que oferecem combinações com imunoterapia acompanhada de terapia viral, já estão em pesquisa. Para os tumores de baixo grau, temos terapia alvo também em estudo, algumas chegando ao mercado para ficarem disponíveis no Brasil.”

A médica alerta ainda sobre a importância de as pessoas não negligenciarem os sintomas, principalmente porque nos casos de tumores de baixo grau, os indícios são esporádicos, o que não gera desconfiança imediata muitas das vezes. “Crises convulsivas frequentes, cefaleia constante, alterações na visão, dificuldade de fala, mudanças no equilíbrio ou coordenação, devem ser investigadas. Alguns pacientes, inclusive, podem ter sintomas semelhantes à de um Acidente Vascular Cerebral, mas, diferentemente do AVC, os sinais, em geral, não são tão súbitos, mas sim, recorrentes…”.

Por fim, quanto à prevenção, Daniella Pimenta reforça que não existem condutas específicas para o tumor cerebral, mas informa que a prática de atividades físicas regulares, alimentação saudável, evitar cigarro e bebida e manter o peso corporal adequado, são hábitos recomendados pela ciência para minimizar as chances de desenvolvimento de neoplasias. “Para os pacientes com alguma síndrome genética/hereditária na família, vale à pena o aconselhamento genético para a realização dos exames indicados para rastreamento para proporcionar um diagnóstico mais precoce e um melhor tratamento”, conclui a especialista.

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