LUTO PERINATAL

Tati Machado perde bebê com 33 semanas de gestação: entenda

A apresentadora lamenta a perda do filho nas redes sociais; especialista recomenda acolhimento em casos como esse

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Nesta terça-feira (13/5), a apresentadora Tati Machado compartilhou nas redes sociais que perdeu o bebê ontem (12/5), na reta final da gravidez. Aos 33 anos, ela estava grávida de 33 semanas e deu entrada na maternidade após notar a ausência de movimentos do bebê que seria seu primeiro filho.

Conforme a nota publicada pela equipe de Tati, a gestação estava transcorrendo de forma saudável. Por isso, as causas da parada dos batimentos cardíacos do bebê ainda estão sendo investigadas. Tati ou pelo trabalho de parto e se encontra estável e sob cuidados.

Em entrevista dada ao Gshow, a apresentadora contou que sofreu um aborto espontâneo em 8 de agosto de 2019, logo no dia de seu aniversário. O acontecimento a deixou apreensiva em relação à atual gravidez. Na entrevista, ela comentou sobre o trauma: "[...] no começo era difícil ganhar as coisas e me apegar por medo do que podia acontecer".

Luto perinatal

Seja durante a gestação ou logo após o nascimento, a dor da perda de um bebê, conhecida como luto perinatal, vai além da ausência física: ela envolve também a interrupção das expectativas da mãe. Nesse momento, a dor precisa ser acolhida, os sentimentos devem ser vividos e a fase de luto ser respeitada.

Segundo a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, o vínculo materno começa desde a gestação. Por isso, independentemente da idade gestacional, a perda pode ser devastadora e a mãe precisa de espaço para que o luto seja vivido.

Além de Tati, a cantora Lexa também vivenciou o luto perinatal recentemente, com a perda da filha Sofia, que nasceu com 25 semanas de gestação e veio a falecer três dias depois de um parto de emergência.

Segundo a psicóloga Talita Fabiano de Carvalho, presidenta do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP), a perda gestacional em fases avançadas da gravidez é uma experiência que pode ser profundamente traumática e devastadora. "Nesses momentos, é essencial que tanto os profissionais de saúde quanto a família estejam preparados para oferecer um acolhimento que vá além do protocolo médico. Do ponto de vista psicológico, escutar é o primeiro o para que se estabeleça um vínculo legítimo e real com esta mulher em situação tão vulnerável."

A especialista recomenda evitar frases que minimizem a dor, como ‘Você pode tentar de novo’ ou ‘Ainda bem que aconteceu agora’. "A mulher precisa ter sua dor reconhecida e validada para que possa de fato enfrentar tamanho sofrimento, precisa que a situação seja pautada com dados de realidade", comenta.

"Para a equipe de saúde, é fundamental respeitar o tempo da mulher e seus acompanhantes, oferecer explicações simples e objetivas, mas sempre com sensibilidade, e garantir que ela tenha o ao apoio psicológico, preferencialmente especializado em luto perinatal. Já a família pode apoiar com presença afetiva, acolhendo o sofrimento sem tentar ‘consertá-lo’. Estar ao lado, ouvir e permitir que a mulher expresse sua dor, sua raiva ou seu silêncio, é uma das formas mais potentes de cuidado", esclarece.


"O luto gestacional precisa ser reconhecido como legítimo e digno de cuidado, porque a mulher não está apenas lidando com a perda de um bebê, mas com o rompimento de um vínculo, de um projeto de maternidade que já estava muito presente em sua vida em que expectativas foram criadas, tanto por parte dela quanto da sociedade em si.”

Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.

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