Cartilha aborda os direitos do paciente com doença inflamatória intestinal
Iniciativa de entidade tem o objetivo de informar e reforçar os direitos de quem lida com as enfermidades
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Siga noEstá disponível, de forma gratuita, um guia prático aos pacientes que têm doenças inflamatórias intestinais (DII). O material on-line faz parte de uma série de outras cartilhas educacionais que trazem informações didáticas e essenciais sobre as principais questões que envolvem os direitos dos pacientes com doença de Crohn e retocolite ulcerativa. O material é uma iniciativa da DII Brasil, entidade com sede em Belo Horizonte e que atua em todo o território nacional em prol da conscientização sobre as DIIs.
O conteúdo conta com as etapas mais importantes relacionadas a diagnóstico e tratamento dentro da rotina de quem convive com as doenças inflamatórias intestinais. A cartilha detalha questões como o caminho da incorporação de medicamentos e tecnologias, além de explicar o que é e para que serve uma Consulta Pública, processo em que a sociedade, incluindo pacientes, familiares e médicos, participa e opina sobre a incorporação de novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e na Agência Nacional de Saúde Suplementar, agência reguladora responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil.
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O que são
As doenças inflamatórias intestinais são condições crônicas representadas, de maneira mais comum, pela doença de Crohn e retocolite ulcerativa. No Brasil, a estimativa de prevalência é de 100 casos para cada 100 mil habitantes, com uma sinalização de aumento de indivíduos diagnosticados nos últimos anos.
A jornada até o diagnóstico começa na identificação dos sinais e sintomas que muitas vezes são comuns a outras doenças. A lista é extensa e inclui:
- Dor abdominal
- Sensação de barriga estufada
- Cólicas
- Diarreia
- Emagrecimento
- Sensação de esvaziamento incompleto do intestino
- Flatulência exagerada (gases)
- Sangue e muco nas fezes
A partir dos sinais e sintomas, a busca por um gastroenterologista ou um proctologista torna-se essencial. Somente o tratamento contínuo adequado pode fazer com que o indivíduo tenha uma chance maior de manter uma rotina equilibrada, com qualidade de vida e sem as situações desconfortáveis típicas de quem tem uma doença inflamatória intestinal.
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Tratamento
Os tratamentos para as DIIs são essenciais para o controle do quadro, a chamada remissão. Quando isso ocorre – a partir da adesão à terapia de maneira contínua sempre sob a orientação de um gastroenterologista – é possível prevenir os episódios inflamatórios por um período maior de meses ou até alguns anos.
Porém, apesar de avanços com o lançamento de novas terapias, o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) das doenças inflamatórias intestinais ainda é de 2017, o que causa um desequilíbrio de o entre o que é oferecido no SUS em comparação aos planos de saúde.
Um exemplo prático é o infliximabe subcutâneo, biossimilar que teve sua incorporação recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), mas que ainda não está disponível aos pacientes.
Para mais informações: https://diibrasil.org.br/crohn-e-retocolite/midia.