Automedicação traz sérios riscos à saúde; veja lista de remédios perigosos
Ansiolíticos, antibióticos e até anti-inflamatórios podem causar efeitos graves quando usados sem prescrição; veja quais medicamentos exigem cuidado redobrado
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Siga noDados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que mais de 77% dos brasileiros tomam remédios sem prescrição médica. O hábito da automedicação, embora comum, esconde riscos sérios, especialmente com medicamentos que parecem inofensivos. De anti-inflamatórios a antidepressivos, alguns comprimidos podem provocar efeitos colaterais graves, mascarar sintomas de doenças ou causar dependência quando usados sem orientação profissional.
A seguir veja quais são os remédios perigosos para a automedicação
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Porque a automedicação pode ser um perigo?
Muitas vezes, o risco está justamente na banalização. Remédios populares, como dipirona, omeprazol ou até xaropes para tosse, podem ter reações adversas perigosas ou interações medicamentosas com tratamentos em curso. A automedicação também dificulta o diagnóstico correto, atrasa o início de tratamentos eficazes e pode levar ao agravamento da condição original.
Remédios que não devem ser tomados sem orientação médica
Veja 5 tipos de remédios que não servem para a automedicação:
1. Antibióticos
Apesar de amplamente usados, antibióticos só devem ser tomados com prescrição. O uso inadequado contribui para o aumento da resistência bacteriana, um problema de saúde pública global segundo a OMS.
2. Ansiolíticos e antidepressivos
Clonazepam (Rivotril), fluoxetina e outros psicotrópicos exigem receita controlada. Além do risco de dependência, a interrupção abrupta ou o uso incorreto pode desencadear crises, insônia, agitação e até pensamentos suicidas.
3. Corticoides
Prednisona e dexametasona são eficazes no controle de inflamações graves, mas podem causar efeitos colaterais severos como aumento da glicose, pressão alta, insônia e inchaços quando usados indiscriminadamente.
4. Omeprazol e similares
Muito utilizado para “proteger o estômago”, o uso contínuo sem controle médico pode afetar a absorção de nutrientes e gerar dores de cabeça, fadiga e até problemas renais.
5. Anti-inflamatórios comuns (como ibuprofeno e nimesulida)
O uso frequente pode causar úlceras gástricas, sobrecarga nos rins e elevação da pressão arterial, principalmente em idosos.
O que pouca gente sabe: até xaropes e antigripais podem fazer mal
Alguns xaropes têm codeína, substância que pode causar sonolência, reações alérgicas e, em altas doses, dependência. Antigripais também podem conter vasoconstritores, que elevam a pressão arterial e são contraindicados para quem tem problemas cardíacos.
A automedicação entre crianças e idosos exige ainda mais atenção
Em crianças, a dosagem errada pode causar intoxicação grave. Segundo o Ministério da Saúde, 33% das intoxicações infantis são causadas por medicamentos.
Em idosos, o risco de interação com outros fármacos e a sensibilidade do organismo tornam a automedicação ainda mais perigosa.
Quando buscar ajuda médica ao invés de se medicar por conta própria?
Saber quando procurar ajuda médica evita problemas maiores:
- sintomas persistentes por mais de 2 dias;
- dor forte ou febre alta sem causa definida;
- início de um novo tratamento ou uso de outro medicamento em paralelo;
- presença de doenças crônicas.