
Homens, amor e o sentido da vida
O sucesso material, quando desvinculado de um propósito maior, não é suficiente para dar sentido à vida
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A sociedade frequentemente retrata o homem solteiro como um ser livre, sem amarras e com plena disposição para perseguir suas ambições. No entanto, essa visão pode estar longe da realidade. Estudos e experiências de vida demonstram que o homem casado pode ter uma motivação para a vida muito mais profunda e poderosa: a responsabilidade por sua família. Quando um homem encontra um amor, se casa e tem filhos, ele descobre um novo sentido para suas conquistas. Seu sucesso a a ser compartilhado e impulsionado pelo desejo de proporcionar um futuro melhor para aqueles que ama.
O vazio do sucesso sem propósito
Dinheiro e sexo só têm valor quando estão ausentes. Quando conquistados, percebe-se que sozinhos não são capazes de gerar felicidade duradoura. Muitos acreditam que a busca incansável pelo sucesso profissional ou financeiro trará plenitude e autoaceitação. No entanto, ao atingir o topo da montanha do sucesso, muitos descobrem um platô deserto, no qual a motivação que os impulsionou desaparece e a própria razão para continuar a escalada se esvai.
Esse fenômeno revela que o sucesso material, quando desvinculado de um propósito maior, não é suficiente para dar sentido à vida. Sem uma conexão emocional genuína, sem um motivo real para acordar todas as manhãs, tudo perde o brilho.
O amor como motor da vida
Nesse cenário, o amor surge como o grande diferencial. Ele é a centelha que reacende a motivação, mesmo diante da exaustão e das dificuldades. Ter alguém por quem lutar, alguém para conquistar todos os dias é o que dá forças para continuar.
O psicólogo clínico e escritor Jordan B. Peterson, um dos pensadores contemporâneos mais influentes da atualidade, enfatiza a importância da responsabilidade como pilar para uma vida com significado. Ele ressalta que, sem um objetivo claro, o ser humano se perde no caos da existência. A responsabilidade de cuidar de uma família, de ser um líder dentro do lar não é um peso, mas sim um privilégio.
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Peterson também faz uma análise da tradição bíblica para reforçar essa ideia. No Antigo Testamento, o conceito de sacrifício aparece repetidamente, não apenas como um ato religioso, mas como um princípio psicológico. O verdadeiro crescimento exige abrir mão de certas comodidades e prazeres imediatos em troca de uma recompensa maior no futuro. Da mesma forma, um homem que assume sua posição de provedor e protetor está investindo no bem-estar de sua família e, consequentemente, no seu próprio crescimento emocional e espiritual.
Peterson em seu livro Doze regras para a vida, tem um argumento simples, mas poderoso: “o meio no qual você está inserido pode elevar você ou puxá-lo para baixo”. Quando nos cercamos de pessoas destrutivas, negativas e sem propósito, somos arrastados para os mesmos padrões autodestrutivos. Mas quando nos associamos a pessoas que querem crescer, que encorajam o desenvolvimento e que nos desafiam a sermos melhores, nossa trajetória muda drasticamente.
Essa afirmação nos faz refletir que nos relacionamentos amorosos não pode ser diferente, se case com uma mulher com os mesmos propósitos que o seu, dessa forma vocês conseguem caminhar juntos.
Ser o herói de alguém
O amor transcende a existência individual. Quando um homem se compromete a construir uma vida ao lado de outra pessoa, ele se transforma. Ele não apenas encontra um motivo maior para suas conquistas, mas se torna um exemplo de resiliência, força e dedicação.
Peterson destaca que o amor é um contrato emocional que conecta as pessoas ao que realmente importa. Mesmo diante de crises, perdas ou desafios, é o amor que oferece coragem para seguir em frente e reconstruir.
Portanto, a ausência de compromissos é uma vida vazia, mas a escolha consciente de um caminho significativo é a verdadeira liberdade. O homem que abraça a responsabilidade e se entrega ao amor encontra um poder que supera qualquer conquista material: o poder de dar sentido à própria vida.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.