Zema anuncia vale-alimentação para servidores da ativa da segurança pública
Valor será de R$ 50 por dia trabalhado, e, a partir de dezembro, podem ser acrescidos R$ 25 para quem bater metas estabelecidas pelo governo
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Siga noO governador Romeu Zema (Novo) anunciou na tarde desta quarta-feira (12/3) o pagamento do auxílio-alimentação para todos os servidores das forças de segurança pública da ativa. O comunicado foi feito em cerimônia no Auditório JK, na Cidade istrativa, sede do governo do estado.
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O auxílio será de R$ 50 por dia trabalhado, mas, de acordo com o governador, a partir de dezembro, esse valor pode ser acrescido de R$ 25, a serem pagos para quem bater metas estabelecidas pelo governo.
A ajuda de custo - a título indenizatório - será paga ao servidor e ao militar, em efetivo exercício, cuja carga horária de trabalho seja igual ou superior a 6 horas diárias e 30 horas semanais. Imediatamente, o valor concedido será de R$ 50/dia, a ser contabilizado na folha de pagamento em abril, que tem o salário pago até o quinto dia útil de maio.
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“Dentro dos próximos dias, vai ar pela Comissão Financeira (órgão da Secretaria de Estado da Fazenda), e vamos acumular os dias de março e abril no pagamento do início de maio; vocês já terão esse valor creditado”, afirmou o governador, que vem sendo pressionado pela categoria por melhores condições salariais.
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Os servidores das forças de segurança pública vivem um embate com o governo do estado em busca de recomposição das perdas inflacionárias dos últimos dez anos, calculadas pelas entidades de classe em 44%, e também desse auxílio pago a todos os servidores, exceto para policiais, bombeiros e agentes socioeducativos. Na véspera do carnaval, as forças fizeram uma manifestação contra o governador nas ruas da capital mineira.
Repercussão
Para o sargento Marco Antônio Bahia, vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), Zema “joga para a galera, para o pessoa ativa”. “Mas esquece de discutir a questão salarial, a recuperação salarial, que é o mais importante. Então, com certeza, nos próximos dias nós teremos umas reuniões com as demais entidades de classe, como o nosso deputado classista (Sargento Rodrigues do PL) para ver quais são os nossos os, porque isso de forma alguma vai substituir a perda inflacionária que nós já tivemos ao longo dos últimos cinco anos. A gente lamenta, que ele não tenha anunciado também a recomposição salarial. Zema acena somente com esse abono de alimentação, que não resolve o problema. A crise vai continuar”, afirma.
De acordo com ele, esse anúncio “não deixa de ser um ganho para aquela categoria que tem os menores salários da Polícia Militar”. “É evidente que isso é um avanço, mas longe de ser a solução do problema que nós temos aqui em Minas Gerais”, destacou. Sargento Rodrigues cobrou a recomposição salarial e classificou o auxílio como "migalhas". "Zema continua concedendo migalhas aos servidores da segurança pública. Vamos continuar na luta, cobrando o que é direito", afirmou o deputado que lembrou o aumento escalonado de 298% concedido por Zema a ele mesmo e também aos seus secretários.