
EXCLUVIVO – O pontapé inicial para a ideia de construir o estádio do Atlético foi dado em 2014, ainda na gestão do ex-presidente Alexandre Kalil. A reunião foi feita no BMG e estavam presentes Ricardo Guimarães, dono do BMG, e Rubens Menin, dono da MRV. Os então presidente do Galo, Alexandre Kalil, e diretor de planejamento, Rodolfo Gropen, também. Dessa conversa nasceu um contrato de sociedade de propósito específico (SPE), assinado por todos que estavam na reunião.
As conversas foram evoluindo e Rubens Menin já tinha a ideia da doação do terreno ao clube. Veio a gestão de Daniel Nepomuceno, sucessor de Kalil, que abraçou completamente o projeto e foi verificar se seria viável a construção do estádio. Era necessário saber como fazer para viabilizar a construção, além da doação do terreno.
Surgiu, então, a ideia de vender metade do shopping e isso teria que ar pelo Conselho. Dificuldade grande, pois muitos dos velhos conselheiros foram responsáveis pelo acordo na retomada do terreno de Lourdes, como o advogado, jornalista e pai do Cacá Moreno, doutor Moreno Netto, atleticano de quatro costados, um dos grandes responsáveis pelo trabalho incessante para que seu clube tivesse de volta o terreno no coração de Lourdes. Em 2017, foi feito um trabalho muito intenso para convencer os conselheiros. Aí se decidiu que o estádio sairia do papel.
As conversas foram evoluindo e Rubens Menin já tinha a ideia da doação do terreno ao clube. Veio a gestão de Daniel Nepomuceno, sucessor de Kalil, que abraçou completamente o projeto e foi verificar se seria viável a construção do estádio. Era necessário saber como fazer para viabilizar a construção, além da doação do terreno.
Surgiu, então, a ideia de vender metade do shopping e isso teria que ar pelo Conselho. Dificuldade grande, pois muitos dos velhos conselheiros foram responsáveis pelo acordo na retomada do terreno de Lourdes, como o advogado, jornalista e pai do Cacá Moreno, doutor Moreno Netto, atleticano de quatro costados, um dos grandes responsáveis pelo trabalho incessante para que seu clube tivesse de volta o terreno no coração de Lourdes. Em 2017, foi feito um trabalho muito intenso para convencer os conselheiros. Aí se decidiu que o estádio sairia do papel.
Sabedor de que sem ele o projeto não seria aprovado no Conselho, pois seria preciso o sinal verde de 2/3 de todos os conselheiros presentes, Gropen conseguiu agendar uma reunião na prefeitura. Ele vai além e me conta o seguinte: “na quinta-feira, pela manhã, o Alexandre me ligou e marcou uma reunião na prefeitura – ele já era o prefeito de BH –, e eu convidei o então presidente do clube, Daniel Nepomuceno, Ricardo Guimarães, Rubens Menin, Sérgio Sette Câmara, então candidato a presidência do clube, e o doutor José Salvador, dono do Mater Dei. Kalil disse que não concordava com vários pontos de mudanças no plano da construção do estádio. A reunião estava muito tensa. Kalil disse que apoiaria, mas não iria na reunião do Conselho, na segunda-feira, pois não aprovava propostas que estavam no encarte que o clube produziu para distribuir aos conselheiros.
Um outro tema foi abordado por ele, que reclamou com Daniel que havia entregue um clube campeão da Libertadores, Copa do Brasil e Recopa, e que naquele momento (2017), o Galo estava mal nas competições. Eu disse ao Alexandre que sem ele na reunião seria impossível aprovar o projeto do estádio. Por fim o doutor, José Salvador pediu a palavra”.
O doutor José Salvador, de família atleticana e grande benemérito, disse: “eu tenho um vizinho na Cidade Jardim, que só vejo nas minhas caminhadas matinais, e eu o cumprimento de um lado e ele me cumprimenta do outro. Nunca brigamos, porque a gente só briga com quem ama. Eu brigo com meus filhos, porque os amo. Kalil, eu queria te fazer um pedido. Estou com quase 90 anos e gostaria de estar vivo quando o estádio fosse inaugurado, eu quero ver essa inauguração, então eu queria te pedir para você ir a nova reunião, na segunda-feira. Só com sua presença a aprovação para a construção do estádio estará garantida.” Emocionado, Alexandre Kalil deu um tapa na mesa e falou: “PQP, doutor Salvador, o senhor acabou com a reunião! Eu vou lá e o estádio será aprovado. Eu jamais poderia deixar de atender a um pedido seu”.
Rodolfo Gropen conta que Kalil não só foi a reunião, como ficou o dia inteiro na sede de Lourdes, pedindo votos para a aprovação do estádio, assim como todos que participaram daquela reunião. “Tinha gente que ia votar até na “maca”, pois os atleticanos de verdade entendiam o que representava aquele momento. A construção do estádio foi aprovada.” A importância da manifestação do doutor Salvador na reunião na prefeitura motivou o presidente do Conselho a dar o Galo de Prata a ele.
Rodolfo Gropen conta que Kalil não só foi a reunião, como ficou o dia inteiro na sede de Lourdes, pedindo votos para a aprovação do estádio, assim como todos que participaram daquela reunião. “Tinha gente que ia votar até na “maca”, pois os atleticanos de verdade entendiam o que representava aquele momento. A construção do estádio foi aprovada.” A importância da manifestação do doutor Salvador na reunião na prefeitura motivou o presidente do Conselho a dar o Galo de Prata a ele.
Sou fã incondicional da família Salvador. Meus filhos nasceram no Mater Dei e a família Salvador sempre teve muito apreço pela minha, haja vista que o doutor José Salvador foi ao quarto da minha esposa, nos nascimentos de João Tadeu e Lorenzo, para nos ver. Meus check-ups são realizados ali, todos os anos. O carinho conosco é espetacular, sem contar que o doutor Henrique Salvador permitiu que o bisavô dos meus filhos, Carlos de Castro, que morreu aos 100 anos, fizesse uma cirurgia no coração, aos 84 anos, e vivesse mais 16. Somos gratos demais. José Henrique Salvador, que istra a rede Mater Dei, outro craque a amigo, formado aqui nos EUA, enfim, uma família espetacular. E ainda tem o querido Renato Salvador, um dos pilares da nova gestão do Galo. E, vale lembrar, todos atleticanos roxos, apaixonados. Doutor Salvador não toma café sem ler a minha coluna, o que muito me honra. E, através do Mater Dei, conheci tantos médicos atleticanos, como o doutor Teófilo Taranto, papa da cirurgia estética, e o anestesiologista, doutor Arhur Palhares Neto, sempre com seu gorro com o Galo estampado. Até na hora do parto dos meus filhos ele falou do clube do coração. Tenho muita gratidão a todos eles, e mais uma centena de médicos, funcionários do Mater Dei, todos sempre muito atenciosos com toda a minha família.
O doutor Salvador merecia mesmo essa homenagem. Esperei a data mais especial da história do clube para contar aqui neste espaço. Ter a casa própria é o sonho de todos nós, e no futebol, não é diferente. Ter o seu estádio, faturar em cima de tudo que girar em torno do espetáculo e levar os milhões de atleticanos fanáticos, lá, para fungar no cangote dos adversários, é uma marca impressionante.
Claro que os 46 mil lugares serão insuficientes para esses milhões de torcedores, mas, tenho certeza de que a cada jogo a Arena MRV estará lotada, renovando os adeptos. Nem se construíssem mil estádios, caberia essa fanática torcida, e é claro que muitos ficarão de fora. Gostaria apenas que houvesse, pelo menos, 2 mil lugares para os menos favorecidos, torcedores de verdade, que não têm dinheiro para frequentar as modernas arenas, e a MRV é a mais nova do país, mais bonita, em nível europeu. É claro que o valor da obra quase que triplicou em relação aqueles R$ 410 milhões previstos, e muita coisa que havia sido prometida não foi cumprida. O clube ficou muito endividado em quase R$ 2 bilhões, e isso tem chateado grandes atleticanos que trabalharam para a construção da casa própria.
Claro que os 46 mil lugares serão insuficientes para esses milhões de torcedores, mas, tenho certeza de que a cada jogo a Arena MRV estará lotada, renovando os adeptos. Nem se construíssem mil estádios, caberia essa fanática torcida, e é claro que muitos ficarão de fora. Gostaria apenas que houvesse, pelo menos, 2 mil lugares para os menos favorecidos, torcedores de verdade, que não têm dinheiro para frequentar as modernas arenas, e a MRV é a mais nova do país, mais bonita, em nível europeu. É claro que o valor da obra quase que triplicou em relação aqueles R$ 410 milhões previstos, e muita coisa que havia sido prometida não foi cumprida. O clube ficou muito endividado em quase R$ 2 bilhões, e isso tem chateado grandes atleticanos que trabalharam para a construção da casa própria.
Tenho a certeza de que em algum ponto do estádio o doutor Salvador estará neste domingo, na partida inaugural, contra o Santos, que já foi de Pelé. E garanto que vai ar um lindo filme em sua cabeça, onde se recordará do dia em que, emocionado, pediu ao presidente Alexandre Kalil, para ir a reunião no clube e votar a favor da obra. São atleticanos como o doutor José Salvador e sua família, que nos fazem irar o Galo, entender um pouco sobre essa louca paixão. É algo inexplicável. Que o diga o saudoso jornalista e poeta Roberto Drummond, que criou a célebre frase: “se houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento”. Essa frase explica tudo. O que é ser atleticano, o que é torcer contra a tempestade, o que significa o Clube Atlético Mineiro para essa gente.
Que a casa própria traga aos atleticanos alegrias, orgulho, desejos e taças. Sim, a torcida é a grande razão da existência de um clube, e vice-versa. Que seja uma casa abençoada e que ali o Atlético, o Galo, seja imbatível e guerreiro, como sempre foi. Parabéns aos que trabalharam para que esse sonho se tornasse realidade. A bendita reunião, numa quinta-feira, na prefeitura de BH, em 2017, e o pedido do doutor, José Salvador, fazem parte dessa belíssima conquista. Que a Arena MRV seja um marco de títulos e taças na história desse gigante das Minas Gerais chamado Clube Atlético Mineiro.
Que a casa própria traga aos atleticanos alegrias, orgulho, desejos e taças. Sim, a torcida é a grande razão da existência de um clube, e vice-versa. Que seja uma casa abençoada e que ali o Atlético, o Galo, seja imbatível e guerreiro, como sempre foi. Parabéns aos que trabalharam para que esse sonho se tornasse realidade. A bendita reunião, numa quinta-feira, na prefeitura de BH, em 2017, e o pedido do doutor, José Salvador, fazem parte dessa belíssima conquista. Que a Arena MRV seja um marco de títulos e taças na história desse gigante das Minas Gerais chamado Clube Atlético Mineiro.