
A mostra "Os iniciados no mistério não morrem" reúne criações de Mestre Didi, baiano considerado sacerdote-artista e intelectual afroatlântico
Leandro Couri/EM/D.A PressNo centro da Galeria da Praça, no Instituto Inhotim, a instalação de quatro metros de altura por nove de largura representa um elemento típico dos rituais religiosos dos zangbetos africanos e dos povos originários brasileiros pankararu. São paramentos que eles utilizam para chamar as entidades ancestrais. A grande máscara de palha tampa, da cabeça aos pés, quem a veste.
Máscaras dos zangbetos
O visitante que for conferir as duas exposições a primeiro pelos trabalhos de Mônica. Criada basicamente com terra, palha e latão – são 12 toneladas de terra, 200 metros de palha e três metros de latão –, a peça que representa a máscara dos zangbetos parte do universo religioso para abordar a fonte da vida sob as perspectivas da razão e emoção, dando, assim, novo significado para a obra.
Instalação de Mônica Ventura é imensa máscara inspirada na tradição dos zangbetos de usá-la tampando da cabeça aos pés, para chamar as entidades ancestrais
Leandro Couri/EM/D.A Press
Mônica Ventura diz que trabalha com símbolos ancestrais, porque informações sobre a ancestralidade foram negadas ao brasileiro
Leandro Couri/EM/D.A PressTenho sempre em mente usar o máximo de material local, sem impactar tanto o meio ambiente, pois se houver descarte, a ideia é que isso volte de maneira sustentável. Não quero cair em um lugar alegórico
Mônica Venturi, artista plástica
Sustentabilidade em pauta

O curador Igor Simões explica que Mestre Didi criou obras de arte, e não objetos religiosos que migraram para espaços expositivos
Leandro Couri/EM/D.A PressMÔNICA VENTURA E MESTRE DIDI
• Aberto de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30; sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).
• Informações pelo site inhotim.org.br.
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