
Um traficante que distribuía drogas em São Joaquim de Bicas, Betim e bairros de Belo Horizonte foi preso no Bairro Diamante, no Barreiro. O homem, que é natural de Goiás, também é suspeito de aplicar golpes milionários com a venda irregular de terrenos. Eduardo Evaristo Silva, de 33 anos, falsificava registros dos lotes e depois os reava. Segundo a Polícia Civil, o valor arrecadado pode ar de R$ 6 milhões.
Eduardo começou a ser investigado há 20 dias, depois que a polícia recebeu denúncia anônima de que um homem estaria vendendo terrenos irregulares na Grande BH. Na última sexta-feira, uma grande operação foi montada para prender o suspeito. Ele foi encontrado na casa de luxo de um amigo, localizada no Bairro Diamante, Região do Barreiro. Dentro de um deck de madeira, onde funcionava uma hidromassagem, foram encontrados vários documentos falsos que estavam em sacolas.
Segundo a polícia, o homem conseguia o registro dos terrenos e depois falsificava os documentos com nome dos donos dos lotes. Em alguns casos, ele também levantava as informações e falsificava os registros. “Ele escolhe terrenos grandes onde existem vários lotes juntos. Estamos levantando as informações, mas há indícios que as operações eram feitas através de uma imobiliária, que ainda não sabemos se tinha conhecimento da fraude”, explica o delegado Enrique Solla, do 2º Departamento de Polícia em Contagem.
Com Eduardo foram encontrados carimbos e selos de cartórios de cidades do Sul de Minas, além de espelhos de carteiras de identidades e de diversos documentos. A suspeita é que o homem realizava grandes transações. A polícia investiga uma venda de R$ 6 milhões. “Ele é um empresário do crime que só fazia negócios de alto valor”, afirma Enrique Solla.
Tráfico de drogas
Durante a operação montada na última sexta-feira, a polícia também fez buscas em um depósito que pertence a Eduardo e a um sócio dele, localizado no Bairro PTB, em Betim, na Grande BH. No local foram encontrados 14 barras de maconha, que totalizam 18 quilos. Na venda, o homem ganharia, segundo a polícia, R$ 16,8 mil.
Para o delegado Henrique Solla, Eduardo começou a vender drogas há dois meses. Possivelmente, um dos compradores dos terrenos teria sugerido a ele que comprasse os entorpecentes para poder render mais lucros.
Eduardo vai responder por tráfico de drogas e estelionato.