A exposição “Corparte: corpo e arte, parte e cor”, em que a estudante de Artes Visuais da UFMG, Sylvia Triginelli, retrata corpos nus de mulheres negras e gordas, foi alvo de censura pela escola de Belas-Artes da universidade.
O trabalho mistura pintura e fotografia “usando apenas a câmera, sem edições”, como define a artista e foi considerado inadequado para exposição no prédio.
Sylvia Triginelli conta que, durante os meses nos quais se dedicou à produção das fotografias, usou material da UFMG, como câmeras profissionais, e trabalhou com três modelos. “Comecei a estudar pintura e percebi que havia um padrão de corpo nas mulheres que eram representadas. Quis fazer aparecerem os desenhos naturais do corpo, queria captar a beleza natural”, explica.
Diante do posicionamento, a estudante Sylvia Triginelli disse que nenhuma informação foi ada pela Escola sobre a necessidade de indicar a faixa etária em exposições. “Nunca foi ado para os alunos essa informação. Tanto que tive uma reunião com o vice-diretor e o diretor, e colocamos, eu e um advogado, que nunca recebemos essa informação”, disse.
Ela informou, ainda, que depois da divulgação da carta aberta e da manifestação dos alunos, a exposição foi liberada, com faixa etária livre, e pode ser ada na Escola de Belas-Artes. A informação sobre a liberação foi confirmada pela Escola de Belas-Artes.
(Conteúdo atualizado por João Henrique do Vale e Gabriel Ronan)
*Estagiário sob supervisão do editor Benny Cohen