Muito além dos romances e filmes que a tornaram mundialmente conhecida, a catedral de Notre-Dame representa um marco para a história da civilização ocidental.
Construída na Île de la Cité, uma pequena ilha no meio do Rio Sena, a catedral foi cenário para acontecimentos importantes como a coroação de Napoleão Bonaparte, a beatificação de Joana D'Arc e a coroação de Henrique VI da Inglaterra (período em que governou a França).
O local em que a igreja foi construída já era um espaço usado para diversos cultos religiosos desde meados da Idade Média. Com a consolidação do cristianismo na França, foi escolhido para receber uma das principais catedrais católicas do mundo.
A construção é dedicada à mãe de Jesus Cristo (em português é Catedral da Nossa Senhora) começou em 1163 e se arrastou ao longo de três séculos, com paralisações, modificações no projeto e retomadas.
Após ser vandalizada e saqueada no final do século 18, durante a revolução sa, Notre-Dame foi reformada em 1801 para simbolizar um acordo entre os novos donos do poder da França e o Vaticano e receber a cerimônia de coroação de Napoleão, em 1804.
Três décadas depois ela voltou a ser depredada durante turbulências sociais em Paris.
Vários projetos de restauração foram implementados nas últimas décadas, sendo o último deles no início dos anos 1990.
A estrutura em estilo gótico é considerada símbolo da ascensão do novo espírito europeu, destacando o esplendor e a prosperidade da capital sa e do mundo cristão.
Notre-Dame recebe mais de 13 milhões de visitantes por ano, cerca de 30 mil visitantes por dia. Além da enorme nave que abriga a parte central da igreja e das torres, a catedral recebe exposições artísticas e exibições religiosas.
Na catedral estão mais de 200 vitrais, alguns deles considerados os maiores do mundo. A fachada é formada por duas torres de 69 metros e entre elas fica o famoso (e muito visitado) campanário, de onde é possível ver de perto as gárgulas e uma das visas mais belas da capital sa.