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Reginaldo Lopes: 'Reforma tributária é boa para o país e excelente para MG' 6z6b16

Coordenador do grupo de trabalho que debate as novas regras para os impostos defendeu mudanças em reunião com empresários mineiros na sede da Fiemg, em BH


20/03/2023 18:23 - atualizado 20/03/2023 18:42
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O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador do grupo de trabalho (GT) criado pela Câmara dos Deputados para debater a reforma tributária nacional, crê que as mudanças na lógica de cobrança de impostos vão potencializar a economia de Minas Gerais. Nesta segunda-feira (20/3), Reginaldo esteve na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, para apresentar, a representantes do setor produtivo, as prováveis bases da reforma. Entre os pilares, a proposta para unificar cinco tributos ligados a bens e serviços em um tributo único. O novo conjunto de regras, segundo ele, será "bom" para o Brasil e "excelente" para Minas.

A ideia do GT da reforma é apresentar, em maio, os pilares das alterações tributárias. Os planos de Reginaldo preveem a aprovação do projeto sobre o tema na Câmara em dois turnos, ainda no primeiro semestre. Depois do recesso de meio de ano, a proposta chegaria ao Senado Federal. A expectativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é obter o aval completo do Congresso neste ano.

Durante a agem por BH, o deputado petista recebeu, do governador Romeu Zema (Novo) e do prefeito Fuad Noman (PSD), sinalizações positivas sobre o conteúdo da reforma. A expectativa é que a reforma tributária sirva como alavanca para a diversificação econômica de Minas Gerais. A crença é que a desoneração das exportações ajude o estado a se tornar competitivo.

"Minas é o terceiro PIB do Brasil, mas o segundo estado em número de indústrias. Isso significa que podemos potencializar muito (o estado), ser exportador de valor agregado e reindustrializar o estado", disse Reginaldo.

Ele previu, também, impactos positivos às contas públicas - atualmente, o estado conversa, com a União, sobre a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), visto pela Fazenda estadual como saída para renegociar dívida de cerca de R$ 150 bilhões. "Se a economia mineira voltar a crescer, vamos arrecadar mais, gerar empregos e estabilizar o estado do ponto de vista fiscal", emendou.

Nos cálculos do coordenador do grupo que conversa sobre a reforma, as mudanças vão proporcionar crescimento econômico nacional de 12% a 20% em dez anos. "O país vai ficar mais rico e a renda per capita do povo brasileiro vai aumentar quase R$ 500", vislumbrou.

Em abril, Reginaldo Lopes vai a São Paulo (SP) conversar sobre a reforma com o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos). O apoio dele, de Zema e do governador fluminense Cláudio Castro (PL) à proposta dão tranquilidade ao governo. Segundo o deputado mineiro, o plano é "construir convergências" com chefes dos Executivos estaduais e municipais. O cronograma do grupo de trabalho tributário prevê o dia 11 do próximo mês como a data de anúncio de consensos que devem nortear a construção do texto-base.

Presidente da Fiemg diz que desburocratização é 'ganho' 2d6t5x

As conversas do GT da reforma se amparam em duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) apresentadas na Câmara e no Senado. Em ambas, a simplificação de impostos de consumo compõe a lista de pilares. A ideia é substituir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e o Imposto sobre Serviços (ISS) pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) ou pelo Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS). A conta tem, também, um Imposto Seletivo (IS) extrafiscal.

Anfitrião do encontro desta segunda-feira, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, disse que a desburocratização tributária vai representar um "ganho" à cadeia produtiva.

"Em uma reunião, um empresário disse ter uma companhia de mesmo porte aqui (no Brasil) e nos Estados Unidos. Aqui, ele tem mais de 120 pessoas na área tributária; lá, sete", exemplificou.

A justificativa que coloca a agregação tributária como tendência global é utilizada, também, por Reginaldo Lopes. "O mundo inteiro tributa o consumo com imposto de valor agregado. Não se consegue mais, no século 21, separar o que é uma mercadoria do que é um serviço. A reforma é imperativa para o avanço do Brasil".

Secretário de Zema garante autonomia tributária 4s58w

Mais cedo, na Cidade istrativa, Romeu Zema recebeu Reginaldo Lopes e garantiu ser "totalmente favorável" às novas regras tributárias.

"Precisamos simplificar o sistema tributário no Brasil e fazer com que quem trabalha e produz fique aplicando seu tempo e esforços na atividade - e não tentando entender esse manicômio tributário que temos aqui", falou.

No evento da Fiemg, o Palácio Tiradentes foi representado por Luiz Cláudio Gomes, secretário-adjunto de Fazenda. Ele foi questionado por um empresário presente ao debate sobre a possibilidade de a reforma causar perda de autonomia aos entes federativos, mas negou a hipótese.

"Autonomia tributária é definir alíquota, fiscalizar e cobrar. Nada disso está sendo perdido por Minas, pelos municípios ou por qualquer outro estado", minimizou.

Integrante do GT da Câmara, Newton Cardoso Júnior (MDB-MG) projetou Minas Gerais como um dos estados com mais oportunidades de crescimento geradas a partir da reforma. "Minas Gerais vai continuar crescendo. E, quem sabe, sair do segundo lugar para começar a disputar o primeiro lugar na economia nacional", pontuou.

Entre a agenda com Zema e o encontro na Fiemg, Reginaldo e Newton Júnior se reuniram com Fuad Noman. Nas redes sociais, o prefeito disse ter aproveitado a oportunidade para "ouvir e analisar" as sugestões.

Reginaldo vê reforma 'madura' 14616x

As discussões sobre a reforma tributária pautam a classe política do Brasil de tempos em tempos há algumas décadas. Segundo Reginaldo, desta vez, o debate está "maduro" o suficiente para ser convertido em leis.

"Todas aquelas dúvidas e incertezas foram respondidas. Demos um tratamento (às questões)", garantiu.

A reforma prevê, inclusive, mecanismos que, segundo o petista, vão garantir "justiça social". Entre eles, a devolução do dinheiro de imposto pago na compra de mercadorias e serviços — o chamado cashback.

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