mulher com cólica

Muitas mulheres sofrem todo mês com fortes cólicas durante o período da menstruação

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A menstruação é, sem dúvida, um período que costuma causar desconforto para as mulheres. Cólicas, dor de cabeça, irritabilidade, inchaço e dor nas mamas e mudanças de humor são alguns dos sintomas que acompanham o ciclo menstrual que, normalmente, ocorre no intervalo de 28 a 30 dias, e que consiste no espaço de tempo entre uma menstruação e outra e que faz parte do processo reprodutivo da mulher.
 
 O professor e doutor em ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG), Walter Pace, explica que para muitas mulheres a supressão da menstruação ainda é um assunto que envolve alguns tabus: "Resistência associada a fatores culturais e à falta de informação podem influenciar na decisão da mulher de bloquear ou não a menstruação, mesmo quando surgem sintomas que interferem na qualidade de vida." 
 
Walter Pace

Professor doutor de ginecologia, Walter Pace, diz que supressão menstrual deve ser indicada nos casos em que a mulher apresenta sintomas que inviabilizam ou pioram a sua qualidade de vida

Arquivo Pessoal
Walter Pace destaca que o tema ganhou notoriedade no Brasil e no mundo a partir dos estudos de Elsimar Coutinho, professor e doutor em ginecologia e cientista renomado que, com pioneirismo, defendeu a ideia de que a menstruação é um sangramento desnecessário ou inútil. "Entre suas contribuições para a ciência destacam-se “Is Menstruation Obsolete"> pílula

Há muitas formas de suspender a menstruação; a mais conhecida é o uso de pílulas anticoncepcionais

Gabriela Sanda/Pixabay

Walter Pace afirma que há muitas formas de suspender a menstruação. "A mais conhecida é por meio da utilização de pílulas anticoncepcionais. Em muitos casos, as mulheres recorrem a esse tratamento com o intuito de se livrar dos sintomas característicos dessa fase, com as cólicas e a tensão pré-menstrual, a TPM. No entanto, também há situações em que a supressão menstrual é indicada com o propósito de reduzir os riscos de doenças hormônio dependentes mais graves, como por exemplo, a endometriose, o câncer de útero e de ovário."

Como tudo evolui, Walter Pace destaca que hoje existem inúmeras alternativas medicamentosas capazes de diminuir os efeitos colaterais proporcionados pelo uso diário das pílulas. "Os mais eficazes são os implantes hormonais e o DIU. Os implantes hormonais nada mais são do que uma via de istração de hormônios."