mulher segurando a barriga sentindo desconforto na região lateral do abdômen

As hepatites podem evoluir, levando a cirroses, câncer no fígado e podendo até ser fatal

Stefamerpik/ Freepik
Cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil vivem com hepatite B, mas somente 264 mil delas têm o diagnóstico para a doença. O número daqueles que fazem tratamento é ainda pior: só 41 mil utilizam a profilaxia recomendada para a doença. Os dados são estimativas divulgadas nesta quarta-feira (19/7) pelo Ministério da Saúde. A pasta também apresentou dados de outras hepatites, como a C. Para esse outro tipo da doença, é estimado que 520 mil pessoas estão infectadas, mas sem saber disso e sem realizar o tratamento. 

Ambos os tipos B e C são silenciosos e, por isso, o diagnóstico pode ser mais difícil. O dilema é que, com o tempo, as hepatites podem evoluir, levando a cirroses, câncer no fígado e podendo até ser fatal.

hepatite B tem uma vacina já incorporada ao Programa Nacional de Vacinação (PNI). Nos últimos cinco anos, houve uma queda de cerca de 32% na mortalidade causada por esse tipo da doença. Também caiu 36% os casos de hepatite B entre 2019 e 2022, mas os dados ainda são muito recentes e podem ser um resquício da queda de diagnósticos da pandemia de COVID-19.


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Também foram divulgados dados da hepatite A, que teve uma queda de 88% nos casos entre 2014 e 2022. Ainda existe a hepatite D, mais restrita a região Norte e a comunidades indígenas. Em 2022, foram 108 casos dessa hepatite.

É possível eliminar", afirma Barreira.